TV Guia

O fim dos reality shows

Biggest Deal bate recordes negativos de audiências. O programa não convence, e Teresa Guilherme mostra que não está confortáve­l com o formato. Isso é mortal

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Biggest Deal rompe o elo fundamenta­l de confiança entre os espectador­es e os reality show s.O novo programa de Teresa Guilherme afasta-se demasiado da ilusão de realidade na qual se baseia o sucesso do género. Tudo começou com o Big Brother, apresentad­o, à época, como o espectácul­o david areal. A ideia básica era colo caruma série de pessoas anónimas a viverem asu avida dod ia-a-dia, recriada num espaço fechado, e transforma­r tudo isso num programa de televisão. O segredo era simples: quanto mais próximo da vida do dia-a-dia, melhor. Só que, como todos nós sabemos, a vida quotidiana é feita de ócio e aborrecime­nto. Foi preciso introduzir provas e situações inesperada­s,que gerassem tensão e atrito entre os concorrent­es, para manter a atenção dos espectador­es. Nesse momento deu-se o primeiro passo para afastar os reality da realidade, num equilíbrio instável. Até que chegou Biggest Deal. A irrealidad­e de junta ruma série de“famosos”, como se costuma dizer, no mesmo espaço, paratr atarem dos seus negócios,é tão acentuada que não cria o mínimo laço emocional com os espectador­es. Ou seja: os realitysho­wsd eramum passo rumo ao abismo da irrealidad­e absoluta, e isso será a sua morte. Na primeira semana, a desculpa foi as eleições e o futebol. Na segunda, foi a Selecção e o resto. Mas os resultados são demasiado maus, num produto que costumava arrastar tudo atrás de si, sem precisar de desculpas. Pior: Teresa Guilherme mostra que não está confortáve­l. E quando um apresentad­or não adere, é impossível chegar ao sucesso em televisão. Bigproblem!

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Teresa Guilherme sem motivos para sorrir.

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