Guerra suja
O célebre tridente de música romântica e o município de Odemira não se entendem quanto à criação de uma escola de música. Há acusações mútuas e o edil alentejano explica tudo com documentos
Aquezíliaarrasta - seháquatroanos. Em 2013, o Trio Odemira, conhecido do grande público pelos temas românticos, como Anel de Noivado, terá proposto a criação de uma escola de música em Odemira. Carlos Costa, um dos elementos da banda,garanteao Correio da Manhã queestava tudo tratado, só que a autarquia terá roído a corda. O músico garante que o projecto “foi aprovado” pela União Europeia, que terá atribuído, para o efeito, um subsídio a fundo perdido no valor de 100 mil euros. “Faltava apenas à câmara disponibilizar o espaço onde a escola iria funcionar.”
“ÉPURAMENTIRA”
Do outro lado da barricada está José Alberto Guerreiro, presidente reeleito nas autárquicas de 1 de Outubro, que garante: “A ideia do Quintal da Música é de 2010 e, como tal, anterior à primeira reunião com o Trio Odemira .” Logo, o autarca nega qualquer plágio da ideia. Talco mo nega ter recebido quaisquer fundos europeus para concretizara ideia do Trio Odemira .“A candidatura a Fundos Europeus foi apenas, e só, relativa ao investimento de obras a realizar na concretização da transformação do antigo matadouro a Quintal da Música ”. O Quintal da Música trata-se de uma escola que está a ser gerida por Marco Vieira, antigoelemento dos Pólo Norte e impulsionador da divulgaçãod aguitarra campaniça, um instrumento tradicional local.
CÂMARA FINANCIOU FESTA
Nesta troca de palavras, o autarca de Odemira mostra-se indignado com a atitude do Trio Odemira. Os músicos terão feito um orçamento anual de “200 mil euros”. E prossegue Guerreiro: “Perante os valores propostos pelo Trio Odemira para o programa de funcionamento de uma Casa da Música em Odemira, foi- lhes dito que só com financiamento europeu tal podia acontecer. Porém nunca abriu qualquer candidatura para essa vertente (projectos imateriais), pelo que nunca esta Câmara Municipal recebeu qualquer valor de financiamento.” O edil de Odemira volta a recusar o plágio da ideia .“O grupo deve concretiza reprovar o que afirma ”, atira e acusa um acerta ingratidão por parte dos músicos, que parecem“querer cobrar pelo nome quetransportaram, acusando agora todos os presidentes de câmara municipal de nunca lhes ter dado importância”. “Então, a título de exemplo, quem foi que apoiou a celebração dos 50 anos de carreira?”