TV Guia

Guerra suja

O célebre tridente de música romântica e o município de Odemira não se entendem quanto à criação de uma escola de música. Há acusações mútuas e o edil alentejano explica tudo com documentos

- TV Guia. TEXTO ISABEL LARANJO I FOTOS D.R.

Aquezíliaa­rrasta - seháquatro­anos. Em 2013, o Trio Odemira, conhecido do grande público pelos temas românticos, como Anel de Noivado, terá proposto a criação de uma escola de música em Odemira. Carlos Costa, um dos elementos da banda,garanteao Correio da Manhã queestava tudo tratado, só que a autarquia terá roído a corda. O músico garante que o projecto “foi aprovado” pela União Europeia, que terá atribuído, para o efeito, um subsídio a fundo perdido no valor de 100 mil euros. “Faltava apenas à câmara disponibil­izar o espaço onde a escola iria funcionar.”

“ÉPURAMENTI­RA”

Do outro lado da barricada está José Alberto Guerreiro, presidente reeleito nas autárquica­s de 1 de Outubro, que garante: “A ideia do Quintal da Música é de 2010 e, como tal, anterior à primeira reunião com o Trio Odemira .” Logo, o autarca nega qualquer plágio da ideia. Talco mo nega ter recebido quaisquer fundos europeus para concretiza­ra ideia do Trio Odemira .“A candidatur­a a Fundos Europeus foi apenas, e só, relativa ao investimen­to de obras a realizar na concretiza­ção da transforma­ção do antigo matadouro a Quintal da Música ”. O Quintal da Música trata-se de uma escola que está a ser gerida por Marco Vieira, antigoelem­ento dos Pólo Norte e impulsiona­dor da divulgação­d aguitarra campaniça, um instrument­o tradiciona­l local.

CÂMARA FINANCIOU FESTA

Nesta troca de palavras, o autarca de Odemira mostra-se indignado com a atitude do Trio Odemira. Os músicos terão feito um orçamento anual de “200 mil euros”. E prossegue Guerreiro: “Perante os valores propostos pelo Trio Odemira para o programa de funcioname­nto de uma Casa da Música em Odemira, foi- lhes dito que só com financiame­nto europeu tal podia acontecer. Porém nunca abriu qualquer candidatur­a para essa vertente (projectos imateriais), pelo que nunca esta Câmara Municipal recebeu qualquer valor de financiame­nto.” O edil de Odemira volta a recusar o plágio da ideia .“O grupo deve concretiza reprovar o que afirma ”, atira e acusa um acerta ingratidão por parte dos músicos, que parecem“querer cobrar pelo nome quetranspo­rtaram, acusando agora todos os presidente­s de câmara municipal de nunca lhes ter dado importânci­a”. “Então, a título de exemplo, quem foi que apoiou a celebração dos 50 anos de carreira?”

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todos os documentos comprovati­vos
do que diz. O Trio Odemira não deu resposta à Carlos, José
Ribeiro e Júlio Costa.
José Alberto Guerreiro enviou todos os documentos comprovati­vos do que diz. O Trio Odemira não deu resposta à Carlos, José Ribeiro e Júlio Costa.

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