Paulo Battista desmente rivais de que “não sabe coser”
Calúnias e revolta!
O jurado do programa Cosido à mão, da RTP1, mostra-se indignado com os boatos que correm a seu respeito. “Faço tudo no atelier”
Paulo Battista, aquele que as revistas apelidaram de “Ferrari da alfaiataria” ou “Cristiano Ronaldo dos Alfaiates”, e que nos últimos quatro anos tem vestido futebolistas e apresentadores, como Adrien, Éder, Ricardo Quaresma, Manuel Luís Goucha ou João Baião, mostrou-se indignado quando a TV Guia o confrontou com rumores que correm a seu respeito no meio da alfaiataria nacional e que insinuam não saberá coser.
Frases como “experimentem pedir-lhe que faça um fato de homem do princípio até ao fim à vossa frente e verão se é capaz” ou “perguntem-lhe se costuma, ou não, encomendar fatos à Crialme, em Paredes, ou ao Atelier des Createurs, no Porto”, foram lançadas por um conhecido estilista da praça que, contudo, pede anonimato.
Confrontado com estas dúvidas, o jurado do programa dos sábados à noite da RTP1, Cosido à Mão, de 39 anos, reage, ao telefone, com uma gargalhada sonora e dispara: “Isso é tudo falso, os fatos são todos feitos no meu atelier! Fico muito feliz que falem de mim, mas digam verdades. Esses rumores, confesso, nunca tinha ouvido.” Questionado sobre se alguma vez encomendou fatos seus às duas empresas do Norte de Portugal, Paulo Battista garante nem saber quem são: “Não os conheço!” Desagradado com estes boatos, o alfaiate da moda desafia quem quiser visitar o seu atelier, na Rua Rodrigues Sampaio, uma via paralela à Avenida da Liberdade, em Lisboa. “Tenho oito empregados a trabalhar comigo e não creio que passem o dia a fazer pipocas. Tenho três costureiras que vieram comigo do Rosa & Teixeira, algumas delas com 50 anos de prática, e todos os fatos que faço são feitos à medida no meu atelier, tal como foram encomendados”, rebate o jurado do programa de talentos da RTP1.
Paulo Battista, que garante ter cursado alfaiataria na Academia de Corte Maguidal, uma escola com pergaminhos firmados há quase um século na capital e de onde saíram inúmeras fornadas de alfaiates nacionais, sabe como os profissionais do têxtil acolhem quem se destaca na profissão. “Os alfaiates toda a vida tentaram desvalorizar o trabalho uns dos outros. Eu já estou vacinado contra boatos. As pessoas aparecem no encontro anual de alfaiataria, dão palmadinhas nas costas uns dos outros, mas, assim que viram as costas, começam logo a dizer mal uns dos outros. É por isso que nunca ponho lá os pés”, assume, deixando uma questão aos seus detratores: “Então quer dizer que os directores da RTP convidaram duas pessoas que não percebem nada de costura, é isso?”