Adeus ao sócio falido
RONALDO CHUTA A SUA MARCA DE SAPATOS DE LUXO PARA CANTO
O parceiro escolhido por Jorge Mendes para criar e vender o calçado do craque já estava falido em 2014, mas o agente não sabia... até a TV Guia revelar tudo. CR7 deixou cair Paulo Gonçalves e este volta a estar em apuros
Osócio de Cristiano Ronaldo no negócio dos sapatos de luxo não está em apuros e à beira da falência apenas porque o avançado do Real de Madrid rompeu a parceria. Paulo Saraiva Gonçalves, 42 anos, o rosto da PortugalFootwear, já estava insolvente quando, em finais de 2015, o jogador desfilou com os seus sapatos nos pés. Naquela sexta-feira, dia 5 de Outubro de 2015, a Plataforma das Artes e da Criatividade de Guimarães encheu-se para ver CR7 desfilar com os sapatos com a sua insígnia. Dois meses depois deste desfile glamoroso, a TV Guia publicou um artigo, na sua edição de 6 de Dezembro, onde revelou que os problemas financeiros de Paulo Gonçalves e do irmão, José Ricardo Gonçalves, já vinham de muito longe. Jorge Mendes, o agente de Cristiano Ronaldo, convidou Paulo Gonçalves para criar e divulgar a linha de sapatos de CR7 depois de o ter conhecido no gabinete de relações públicas e de Marketing do V. Guimarães, onde Paulo era consultor. O que o superagente não verificou, à época, é que este já tinha um histórico pessoal e empresarial complicado. Dívidas às Finanças, à Segurança Social e a mais uma dezena de credores, entre funcionários e banca, com o extinto Banco Espírito Santo à cabeça, faziam parte dos azares empresariais de Paulo e do irmão José Ricardo, quando foram sócios da Straight Away, Lda, empresa dona da cadeia de sapatarias de luxo Egoísta +, que, em 2010, faliu com estrondo.
INSOLVENTE USAVANOME DE CR7
A 2 de Março de 2012, como se não bastasse a falência da cadeia de sapatarias, eis que Paulo Gonçalves é declarado “insolvente a título individual” pelo Tribunal de Guimarães e obrigado, até Março de 2017, a pagar aos credores. Mesmo assim, em Março de 2014 o empresário cria a marca de sapatos com o nome do capitão da Selecção Nacional e será ele quem dará a cara pela marca CR7. Em 2017, Paulo Gonçalves evita entrar em detalhes sobre os motivos que levaram ao fim da relação contratual com CR7, mas esclarece que a Portugal Footwear, Lda está a negociar com os credores um Processo Especial de Revitalização, depois de ter perdido a licença de produção e comercialização da marca de sapatos de CR7. Com uma dívida de 6,8 milhões de euros e 158 credores à perna, o empresário crê na salvação do negócio.