Penas acabam de prescrever
Condenado a pagar 6400 euros a uma antiga empregada, por injúrias e maus-tratos, o marchant regressou a Portugal, quatro anos após a sentença, e escapou à prisão: “Entreguei-me que nem Egas Moniz”, conta
Em 2013, José Castelo Branco foi condenado a pagar 6400 euros de indemnização a uma antiga empregada, que o acusou de injúrias e maus-tratos. O marchand de arte viajou para os Estados Unidos com a mulher, Betty Grafstein, e por lá foi ficando. Voltou agora, quatro anos após a condenação, precisamente o tempo suficiente para a pena prescrever, como a TV Guia confirmou junto de fonte judicial, tendo em conta a moldura penal prevista para os crimes. José Castelo Branco sabia que poderia regressar sem problemas a Portugal. Mas, se dúvidas restassem, acabou por ir ao posto da GNR de Sintra. “Cheguei e disse: Venho entregar-me que nem Egas Moniz se entregou a Afonso VII”, conta-nos: “Apresentei-me, mas em bom, com as minhas LV ( malas de marca) e o guarda foi um querido, ajudando-me a pô-las de novo no carro.”
ROUPÕES E LENÇÓIS À VENDA
O marchand de arte veio a Portugal para uma acção solidária, de sua iniciativa. “Estou à espera que me enviem, dos Estados Unidos, os roupões com o meu monograma, e os lençóis que angariei. Dessa venda, 50 por cento do valor apurado será doado às vítimas dos incêndios.” Ainda sem data para o evento, José Castelo Branco garante que será “antes do Natal”. “Fiz ainda uns retoques de lado, no rosto, no dr. Ângelo Rebelo, mas já estou renascida das cinzas.”