TERESA, EU SEI... NINGUÉM MERECE!
Diz que houve aí um programa que começou, acabou e ninguém deu por nada. Chama-se Biggest Deal – só o nome já é difícil de perceber e pronunciar para muito boa gente – recorria ao modelo de “muito trabalho e pouco tempo para namorar” e, como era previsível, não deu em nada. Pior: acabou mais cedo, obrigando o canal que o foi buscar a recorrer ao que tinha em carteira e que é incomparavelmente melhor e mais eficaz do que este reality show armado em sério. Esta é a grande questão: reality show serve para o que serve – para entreter, fazer rir e gerar assunto de conversa. Só. Transformar um formato destes em algo útil à comunidade é o mesmo que pôr Quim Barreiros a cantar Carlos do Carmo. Cantar, ele canta... mas não tem nada a ver e não é isso que o seu público pede dele.
Por isso, quando no passado sábado, estava no meu sofá, parei em Biggest Deal e vi uma Teresa Guilherme a dar o seu melhor mas com aquela cara de “eu estava mesmo à espera que isto desse asneira, porque já ‘viro frangos’ há muitos anos”, juro que pensei cá para mim: ela não merece. Aliás, ninguém merece, muito menos os espectadores.
Se esta bela decisão da direcção de Programas terá consequências para quem a tomou... não me compete a mim opinar. Cada um sabe da sua casa. Como espectadora, confesso que mudei rapidamente de canal, só não fui lavar os olhos para um verdadeiro reality, tipo Supershore, da MTV, com todos os ingredientes picantes que fazem parte do género, porque não está no ar, mas vinguei-me no universo do E!, onde há shows da vida real para todos os gostos... realizados e produzidos primorosamente. Só soube quem, afinal, tinha ganho como se previa, no dia seguinte. Não me surpreendi, nem tive vontade de mandar jornalistas falar com vencedores e vencidos. Faz de conta que o programa não existiu. Na próxima semana já ninguém se lembrará dele. Mas nas contas da TVI surgirá a factura do dinheiro mal gasto... com este flop.