Quando o telefone toca...
Depois da queda dos administradores Nuno Artur Silva e Cristina Tomé na passada semana, por decisão do Conselho Geral Independente (CGI), já começam a correr nos bastidores os rostos dos potenciais novos chefes. Helena Pereira e João Arantes estão na calh
Dois nomes estão sobre a mesa para formar equipa com o presidente da RTP, Gonçalo Reis, o único sobrevivente da administração anterior, que será reconduzido pelo Conselho Geral Independente (CGI), o órgão colegial que escolhe a administração da estação pública de rádio e televisão.
João Ar antes, director da RTP África e informação, que já foi secretário de Estado de Estado adjunto do primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso, entre 2002 e2004, éumd os nomes apontados, mas, além deste, também o nome de Maria Helena Pereira tem sido ventila donos corredores da estação pública.
Colaboradora da RTP desde 1992, tem sido ela a gestora dos Recursos Humanos da casa desde 2004, tendo-lhe cabido um papel fundamental no processo de reestruturação que culminou, em 2007, com a fusão da Rádio e Televisão e inúmeras rescisões amigáveis. Há também quem advogue que Gonçalo Reis deveria alocar a si o papel de gestão dos Conteúdos, com o apoio técnico de directores da área, a fim de tentar inverter a sangria de meios financeiros que ocorreram nos últimos três anos e estancar a crónica fuga de espectadores dos vários canais da emissora pública.
Quem também nos corredores da política se tem mostrado interessado em assumir o lugar de Nuno Artur Silva é Nuno Santos, o ex-director de Informação da RTP, que foi despedido em 2013 pela administração, por justa causa e sem direito a indemnização ou compensação financeira, acusado de violar os deveres de obediência e lealdade devido ao polémico “Caso dos Brutos”, após ter permitido que a PSP visionasse imagens, nunca antes transmitidas pela RTP, da uma manifestação e à porta do Parlamento.
PORTADOS FUNDOS
Nuno Santos saiu pela porta dos fundos, acusando o então administrador Alberto da Ponte de ter tomado “uma decisão sem surpresa”, que o suspendeu “ilegalmente”, assumindo-se como vítima de “delito de opinião”.
Na altura, perante os deputados, afirmou estar a ser alvo de um “saneamento político travestido de uma decisão de gestão”.
Deixou o canal em guerra aberta, mas parece interessado em querer regressar agora, ele que está a trabalhar em Espanha.