DEPRESSÃO? Só se for para rir
Espectáculo inspira-se num texto francês que nunca tinha sido levado à cena. A actriz partilha o palco com Cláudia Negrão
Após o grande sucesso que alcançou com O Diário de Anne Frank, sob a direcção de Celso Cleto, em Oeiras, Alexandra Leite está de volta aos palcos com a peça No Fim da Linha ,do dramaturgo francês Jean-Pierre Martinez, já em cena no Teatro da Trindade, em Lisboa. A actriz, que partilha o palco com Cláudia Negrão, adianta que se trata de uma comédia sobre a depressão. “Pode parecer uma contradição, mas não é. O texto mostra a miséria do quotidiano, aquelas pequenas coisas com que as pessoas se preocupam, e é tão inteligente que nos faz rir do princípio ao fim.” Estreado originalmente em Almada, no âmbito da Mostra de Teatro, No Fim da Linha conta a história do encontro entre uma escritora que está a viver uma crise existencial e já não consegue escrever e uma jornalista que a visita porque a quer entrevistar. Alexandra é a escritora – “uma mulher com um ego enorme que me dá muito gozo fazer” – e Cláudia Negrão (que traduziu o texto, o adaptou à realidade portuguesa e encena o espectáculo) a jornalista. Que afinal também tem bastante que se lhe diga... Após Lisboa, esta produção parte em tournée. “A seguir vamos para Sintra, mas, na Primavera/Verão queremos andar pelo Norte a mostrar o nosso trabalho”, afirma Alexandra Leite, que ainda recentemente vimos nas séries Sim, Chefe O Ministério do Tempo, ambas na RTP1.