IMPOSSÍVEL chegar a acordo
O homem que acusa o cantor de 11 plágios musicais não vai em acordos com o “rei da música ligeira”. Caberá os tribunais decidir se há culpados ou só inocentes
Tony Carreira tinha aceitado, a 27 de Novembro último, doar 20 mil euros para ajudar as vítimas dos fogos de 2017 em Pedrógão Grande e na Pampilhosa da Serra e, com esse princípio de acordo, a editora e produtora Companhia Nacional de Música (CNM) desistiria das acusações de plágio em 11 temas musicais que se tornaram sucessos do cantor romântico, em alegados crimes que também terão sido cometidos pelo compositor Ricardo Landum. Tony e Landum estavam então dispostos, com esse princípio de acordo, a colocar uma pedra sobre este assunto melindroso, mas Nuno Rodrigues, mentor da CNM e queixoso neste processo, não aceitou o acordo proposto pela magistrada do Ministério Público, o mesmo que Tony estava disposto a assinar, na hora.
Semanas depois, a notícia de que o advogado da CNM e de Nuno Rodrigues tinha renunciado à procuração que lhe dava poderes de defesa da causa do seu cliente não augurou um desfecho feliz para este caso. E é por isso que Tony Carreira, Ricardo Landum, Nuno Rodrigues e os respectivos advogados regressam agora dia 22 de Fevereiro ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para novo interrogatório judicial que poderá acabar em julgamento à porta aberta.
VOLTATUDOÀESTAVAZERO
“A Companhia Nacional de Música [CNM] não contribuirá para qualquer acordo que possa frustrar a legítima expectativa da opinião pública ou evitar que o tribunal cumpra a sua inalienável obrigação de decidir”, esclarece Nuno Rodrigues, da CNM, posição que levantou a suspensão provisória do processo em que a editora e produtora musical acusa o “rei da música ligeira”, e o seu compositor favorito, de se “arrogarem autores de obras alheias”, após modificarem os temas originais.