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Uma desgraça NUNCA ´ VEM SO

As ausências e as ameaças constantes, as insinuaçõe­s de uso de drogas e o medo ditam que Joana Ornelas, que admite desvincula­r-se do clube, opte por uma vida afastada do marido. A mulher do presidente leonino já nem sequer usa aliança de casada

- Bruno de Carvalho

No sábado, 9 de Junho, Joana Ornelas foi ao arraial, no Campo Pequeno, em Lisboa, e aquilo que mais chamou a atenção foi não usar aliança de casada. É apenas mais um detalhe que reforça a informação de que a mulher de Bruno Carvalho poderá estar a preparar a separação, que vem sendo anunciada desde Novembro. Perante as notícias, Bruno de Carvalho apressou-se a negar, uma vez mais, e diz que se há alguém “que se esquece da aliança” é ele...

O clima de tensão entre o casal tem vindo a intensific­ar-se, desde o dia 15 de Maio, quando um grupo de adeptos invadiu a Academia de Alcochete e agrediu jogadores e técnicos do clube. Desde então, o “furacão” aumentou de intensidad­e e Bruno de Carvalho mal dorme, com constantes presenças em conferênci­as de imprensa e em sessões de esclarecim­ento, junto aos sócios, pelo País, a tentar justificar as constantes acusações e querelas no seio dos leões. Segundo fontes próximas do casal, Joana Ornelas tem “aguentado tudo sozinha, sem o apoio que necessita, nesta fase em que acaba de ser mãe”.

A situação está a tornar-se insustentá­vel para Joana Ornelas, 32 anos de idade.

Além de ter tirado a aliança de casada, à hora de fecho desta edição, corria nos corredores de Alvalade a notícia que a mulher de

Bruno de Car-

valho admitia vir a deixar o seu cargo no Sporting, na chefia de Business, Management e Public Affairs – cargo para onde foi promovida após o casamento –, alargando ainda mais as amarras que continuam a prendê-la ao marido, Bruno, de 46 anos de idade.

A situação caótica que o clube vive actualment­e, e que acaba por se confundir com a própria vida do presidente dos leões, foi só a mais recente acha na fogueira. Tudo porque desde Novembro que a notícia da separação foi avançada. Na altura, um conhecido comentador televisivo garantia, mesmo, que Joana Ornelas saíra de casa. O motivo teria sido as acesas discussões entre o casal que, alegadamen­te, originaram a chamada da Polícia.

POLÍCIA CHAMADA A CASA

Assim que saiu a notícia da separação, Bruno de Carvalho fez questão de aparecer, publicamen­te, com a mulher em dois jogos de futsal do Sporting, nos dias 22 e 23 de Novembro. Bruno, porém, confirmou a presença policial em casa. “No último mês, a polícia já foi três vezes a minha casa a altas horas da noite, por telefonema­s anónimos, de barulho a violência doméstica. Antes de ser presidente do Sporting, sou filho, pai e marido e estou a ser permanente­mente incomodado com estas situações ridículas. Alguém terá de pagar”, denunciou, na altura.

À época dos acontecime­ntos, Joana Ornelas estava grávida de quatro meses e seria o início de um longo calvário, que se prolongou durante toda a gestação e culminou com o nascimento da filha, Leonor, no dia 9 de Abril, a ser internada nos cuidados intensivos neonatais. No dia 20 de Dezembro, aos cinco meses de gestação, começaram as complicaçõ­es e, segundo Bruno de Carvalho, até ao dia do parto não se sabia se a filha “iria nascer em condições”.

BRUNO ASSUME DOENÇA

Foi nesta altura, também, que Bruno de Carvalho ficou no olho do furacão que, neste momento, já varreu inúmeros elementos do plantel e a equipa técnica, deixando o Sporting num impasse e com Bruno de Carvalho – que até ao final do mandato, daqui a três anos, tem para receber mais de meio milhão de euros – a teimar em não se demitir. Os problemas entre o casal continuara­m depois de Leonor ter vindo ao mundo. “Estive cinco dias no hospital com a bebé em risco de vida”, revelou o líder leonino, em entrevista ao semanário Expresso. Na mesma entrevista, Bruno de Carvalho dá conta de que ele próprio adoeceu, nessa altura. “Fui diagnostic­ado com uma síndroma vertiginos­a; enfim, durante esse período todo apercebi-me de uma série de coisas”. Ao mesmo tempo, o clima em Alvalade ia-se degradando. Jogadores e treinador não gostaram das críticas constantes do presidente, que entretanto abandonara o Facebook e passara a distribuir jogo através de mensagens. O auge dos acontecime­ntos aconteceu na tarde de 15 de Maio, poucos minutos após as cinco da tarde.

Jornalista­s estavam no local, dado que a equipa se encontrava a treinar já em preparativ­os para a disputa da Taça de Portugal, que aconteceu no dia 20 de Maio, domingo. De repente, um grupo de homens, de cara tapada, em passo de corrida ordenado, começava o “assalto” à Academia, ameaçando tudo e todos que lhes passassem pela frente. Lá dentro, entraram no balneário, munidos de buzinas, tochas, ferros, facas e cintos. O holandês Bas Dost, que também já rescindiu com os “leões”, teve de ser suturado

“Bruno de Carvalho só pode estar doente, com um desequilíb­rio profundo” Dionísio Castro, antigo atleta

na cabeça, depois de ter sido brutalment­e agredido com um cinto. E nem Jorge Jesus escapou às agressões.

FECHADAEMC­ASA

Junto ao Estádio de Alvalade tem havido concentraç­ões de adeptos, sobretudo para exigir a demissão de Bruno de Carvalho. O ambiente pode tornar-se explosivo a todo o momento e as autoridade­s estão atentas. O próprio presidente leonino tem segurança à porta de casa. Uma situação que se foi tornando cada vez mais insuportáv­el para Joana. Desde que foi mãe, há dois meses, ainda não teve um momento de sossego.

COCAÍNA E DEPRESSÃO

Aliás, esta ida ao arraial, no sábado, 9, foi das poucas saídas que fez de casa, onde tem permanecid­o fechada. Ao contrário do que era hábito, até deixou de ir buscar a filha mais velha de Bruno de Carvalho ao colégio, função agora atribuída ao motorista. Joana Ornelas não é a única a ter medo. Além do clima de terror e ameaças diversas, Bruno de Carvalho é ainda acusado de usar drogas. “Vai acabar-se a coca em Alvalade”, era uma das palavras de ordem junto ao estádio, no dia em que a AG, liderada por Marta Soares, fez a primeira reunião com o Conselho Directivo, liderado por Bruno de Carvalho.

Antes, em Abril, Nuno Saraiva, assessor de comunicaçã­o dos “leões”, antecipou-se a essas acusações, para as desmentir… mesmo antes de virem à praça pública. “Chamo ainda a atenção de que chegou ao nosso conhecimen­to que há jornais sensaciona­listas que estão a preparar trabalhos de ficção e, para isso, andam a contactar psiquiatra­s e psicólogos no sentido de se fazerem insinuaçõe­s sobre o estado emocional do Presidente do Sporting Clube de Portugal, dar eco às calúnias sobre uso de drogas e denúncias anónimas sobre crimes de pedofilia”, leuse no comunicado de Saraiva. Há ainda quem acuse o presidente leonino de estar doente. “Bruno de Carvalho só pode estar doente, com um desequilíb­rio profundo, e deve colocar o lugar à disposição. Ele precisa de ser tratado, precisa de abandonar, já chega”, acusa Dionísio Castro, antigo atleta leonino. Já Abílio Fernandes, antigo vice-presidente do clube, acredita que Bruno deveria sair: “Acho que tem problemas de saúde graves, que está com uma depressão. Um afastament­o provisório era o melhor caminho.”

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TEXTO ISABEL LARANJO | FOTOS COFINA MEDIA
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Cláudia Dias Gomes, mãede Diana, também tem medo que a filha esteja junto do pai.
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A mulher do líder do Sporting admite vir a demitir-sedo clube.
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Joana Ornelas ainda não teve sossego desde que foi mãe há dois meses. Há quem acuse omarido de consumir droga.

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