DENÚNCIA de violência gay
Estalou a polémica na redacção da estação com as declarações de Emanuel Monteiro, que acusa o ex-namorado de o agredir e perseguir. As baterias estão apontadas ao colega André Carvalho Ramos
Depois de ter feito para a TVI uma reportagem sobre o jovem Miguel Ribeiro, de 20 anos, que foi morto à facada no Porto no contexto de uma relação gay, o jornalista Emanuel Monteiro, de 24 anos, revelou nas redes sociais que poderia ter morrido às mãos de um ex-companheiro, dando claros sinais de que também fôra vítima de violência doméstica. Desde sábado, dia 21, a data em que Emanuel Monteiro publicou a denúncia, os holofotes estão todos apontados ao jornalista André Carvalho Ramos, seu suposto ex-namorado e colega na estação de Queluz de Baixo.
Havendo uma denúncia pública da suposta prática de um crime de violência doméstica, caberá agora aos procuradores do Ministério Público da Procuradoria-Geral da República (PGR) abrirem um processo de inquérito para averiguarem a veracidade das alegadas agressões ao jovem jornalista da TVI.
O jornal Correio da Manhã (CM) tentou, durante a semana, confirmar a abertura de inquérito junto da PGR, mas, após várias tentativas, não conseguiu obter resposta. Quem também se remeteu ao silêncio foi Emanuel Monteiro, depois de laconicamente ter declarado ao CM que “as coisas vão se resolver”. “É a única coisa que tenho e que vou dizer.” André Carvalho Ramos, o jornalista de Política da TVI, tem-se mantido em silêncio sobre este assunto e, alegadamente, irá pedir uma licença sem vencimento para digerir o escândalo em que agora o seu nome foi envolvido. André Carvalho Ramos estará apreensivo em relação ao futuro e teme pelos danos que esta denúncia do suposto ex-namorado possa desencadear na sua carreira profissional.