TELEVISÃO meu amor
O FIM DA ERA DOS RUFIAS
Tomo emprestada a expressão de Moita Flores para sintetizar os últimos 4 meses da vida do Sporting, dos quais resultaram um novo presidente, o regresso aos grandes valores do clube, e o fim do projecto negro do tal gang dos rufias, liderado por um lunático perigoso. As televisões estiveram à altura da ocasião.
E LUZ PARA O NOVO CHEFE?
Na apresentação das novas apostas, a SIC deu mais um passo na difícil tarefa de alterar radicalmente o discurso sem perder a face. Durante anos, o tema foi “ganhar o share comercial”. Agora, isso tem de mudar, rumo à liderança pura e simples, e não é fácil corrigir o tiro. A cerimónia foi mais uma etapa nesse árduo caminho. Já agora: na
SIC Notícias, deixar Daniel Oliveira no luscofusco tinha algum propósito específico?
SEGUNDO SOL
Uma das tarefas mais difíceis de quem programa um canal é encontrar o horário certo para um determinado produto. As novelas que a SIC tem emitido à meia-noite têm sido um sucesso. Agora, Segundo Sol estreou com muita força, num horário cuja importância para a estratégia da nova SIC já aqui foi analisada. A batalha da meia-noite pode continuar a dar frutos.
EM LUME BRANDO
Está muito diferente (e mais longo), o Pesadelo na Cozinha. Ljubomir diz que o programa está mais humano, mas na verdade está mais delicodoce. É uma espécie de pesadelo confitado. Onde havia dureza, passou a haver abraços, e os donos do restaurante até foram às compras a uma superífície comercial, a qual, naturalmente, é a grande patrocinadora do formato. Nada contra, pelo contrário. Isso faz parte do negócio. Mas o realizador Manuel Amaro da Costa, alma do projecto, deve ter cuidado: ceder demasiado pode matar
o Pesadelo. Aguardemos.