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O grande amor NÓRDICO

Katarina conquistou o coração do médico, e militar, há vários anos. Foi o Sporting, onde tem vários títulos ganhos, que os juntou. O presidente leonino herdou a profissão do pai, aos três anos já praticava ginástica no clube e até na guerra ouviu o relat

- TEXTO ISABEL LARANJO I FOTOS COFINA MEDIA E D.R.

Otenente Frederico Nuno Faro Varandas demonstrou qualidades excepciona­is no Afeganistã­o, um dos mais arriscados cenários de guerra. Mereceu um louvor que exibe, em destaque, numa das paredes da sala de casa, uma luxuosa moradia com piscina. Foi promovido a capitão em 2009. É também ali que vive com a namorada, Katarina Larson. A sueca, de 34 anos, é quadro superior numa multinacio­nal e triatleta do Sporting, com vários títulos no currículo. Foi o Sporting que os juntou mas Katarina prefere permanecer discreta. No sábado, 8, quando Frederico venceu as eleições para a presidênci­a do clube, estava em Alvalade mas “fugiu” das câmaras. O casal tem uma vida tranquila mas ocupada. Às seis da manhã, Katarina já está a correr ou a nadar e, depois, segue para o trabalho, onde fica entre as 09:00 e as 18:00. No regresso, volta a treinar. Prefere os treinos de bicicleta ao final do dia. Jantam juntos e deitam-se cedo, por volta das 22:30. Frederico prefere o surfe as corridas junto ao mar.

O“BETINHO”DAJUV ELE O

Frederico formou-se, em Medicina, na Academia Militar. Do pai herdou a profissão, a mãe foi professora. Foi criado na Avenida de Roma, uma das zonas mais distintas de Lisboa, e desde cedo que tem um grande amor ao clube, onde começou a fazer ginástica com apenas 3 anos. Na adolescênc­ia, alinhou nas fileiras da Juve Leo e gritava pelos “leões” junto de outros jovens, de todas as classes sociais. Tal como mais tarde, na carreira militar. “Educado e leal, demonstrou excelentes qualidades de trabalho e espírito de bem servir nas mais diversas situações, granjeando facilmente a estima e a consideraç­ão de todos”, pode ler-se no louvor que lhe foi atribuído.

Foi no meio da claque que assistiu ao jogo mais marcante de toda a sua vida: o 7-1, frente ao Benfica, a 14 de Dezembro de 1986. “Lembro-me de ver madeiras a arder na superior norte”, recorda, em entrevista ao Observador. Varandas foi inscrito como sócio pelo avô quando ainda não tinha um ano. “Já somos quatro gerações de “leões”: o meu avô, o meu pai, o meu irmão e os meus sobrinhos”, orgulha-se.

SPORTING ATÉ NO DESERTO

O Sporting entranhou-se no miúdo que se fez homem e chegou à liderança do clube do seu coração aos 38 anos. Ainda assim, garantiu quando tomou posse como 43º presidente do clube: “Nasci Sporting, respiro Sporting, mas não sou o Sporting” .O mesmo homem que até em alerta, em Kandahar, não prescindiu de ouvir o relato do jogo da Taça de Portugal, em 2008. “Estávamos em alerta máximo porque os serviços secretos afegãos avisaram-nos de um possível ataque que poderíamos sofrer. Evacuámos toda a gente e só ficaram os necessário­s para combate, nos quais se incluíam o médico e o enfermeiro”, conta. “Fui à mochila, com o jogo quase a começar, agarrei no rádio e passados uns minutos estávamos a ouvir a Antena 1. Dos 130 homens, metade estava ali junto a mim a ouvir o relato”. ●

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O abraço de parabéns da namorada no dia daseleiçõe­s no Sporting. A namorada, com quem vive, já ganhou vários títulos.

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