Médico arrasa ESQUEMA da SIC
O psicólogo garante que aatracçãoéa base doa more que acompatibi lida deéa última etapa de qualquer casal, mas que só funciona quando já existe amor. “Nestes casos, estão a começar a casa pelo telhado”, garante
Oconhecido psicólogo é um espectador atento do reality show da SIC. “Vejo todos os dias, não percoumepisódio!”, garante. Só que Joaquim Quintino Aires não tem dúvidas: “É impossível encontrar o amor assim. O amor não vem dentro de uma caixinha.” Por isso, para Quintino, a ciência não consegue formar pares perfeitos, por muitos testes que sejam feitos .“Como explica uma grande professoraque tive, que hoje tem 97 anos, o amor acontece nos encontros e reencontros da vida. Tem de haver contacto e interacção .” Pois… Mas esse contacto e essa interacção existem em Casados à Primeira Vista. Afinal de contas, desde o dia do casamento, quando se conhecem, até ao final do programa distam dois meses com várias experiências a dois pelo meio. “Existe mas não chega, porque estas não são as etapas de construção deu ma relação ”, começaQuin tino Aires .“Existem três etapas fundamentais, nas relações, e que se seguem nesta ordem: atracção, paixão, amor. A paixão só se transforma em amor se houver compatibilidade. Aí sim, a compatibilidade funciona, mas nãoéopont ode partida. Ora, nestes casos, estão a começar a casa pelo telhado. A não ser que se dê a coincidência enorme de os parceiros se sentirem atraídos mal se vêem. É praticamente impossível encontrar o amor assim.” Quintino Aires volta a realçar que não se pode escolher um parceiro amoroso com base na ciência. Pelo menos não de forma exacta. “A compatibilidade existe mas só se desenvolve na interacção, não é predefinida. Não há um determinismo.” Então, será uma questão de tempo? Dois meses é pouco tempo para desenvolver a relação e fazer com que resulte? “Falar de atracção, paixão, compatibilidade e depois amo ré muita coisa. Não há tempos definidos, mas nãoé um processo imediato. Depois, quando não há amor, nem a compatibilidade funciona, sequer”, observa. A finalizar Quintino acrescenta: “As ciências comportamentais, no séc. XX, tornaram-se mais fascinadas pelas análises matemáticas do que pela Teoria Fundamental da Psicologia. Estamos a pagar essa factura.” ●