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DINHEIRO E JUSTIÇA

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OOrçamento de Estado tornou-se uma tonta novela, no que respeita à sua discussão. Percebese pela quantidade de propostas de alteração – cerca de mil – que não é um exercício sério, feito por gente séria, mas uma procissão de popularida­de artificial onde cada partido faz os possíveis para agradar aos seus eleitorado­s. Quem mais propuser de despesa, melhor sairá na fotografia. Estão à vista as eleições e no hemiciclo começou a campanha eleitoral.

A última notícia, ou uma das últimas, dava conta de uma grande vitória na luta contra a corrupção e o crime em geral. A Polícia Judiciária vai ver o seu minguado orçamento reforçado em quinhentos mil euros. Uma notícia para enganar tansos. Desde logo, porque a precária situação em que se encontra a instituiçã­o, sem funcionári­os, de lapidadade meios, comum aexigência­conf rangedoras de recursos em vários domíniosda investigaç­ão criminal, obrigaria a um sério reforço orçamental. Os seus quadros vão saindo devido à idade, os cursos de acesso estão estrangula­dos para os vários níveis da hierarquia, os meios necessário­s, nomeadamen­te no domínio da cibernétic­a, estão muito longe de serem suficiente­s e, contras feitas por alto, duvido que cinco milhões de euros chegassem para transforma­r a PJ na potente máquina que poderia atingir resultados inacreditá­veis.

Porém, dou de barato esta expectativ­a. Fiquemo-nos pelos quinhentos mil euros. É que nem esta verba vai chegar à Gomes Freire. É uma ilusão. Mais um golpe ilusionist­a deste governo que brinca, goza, manipula a população como se fôssemos fantoches. Aquilo quem ostra a história destago ver naçãoé oculto das cativações. Promete, garante, convence e depois cativa. Tem sido a regra em todos os domínios da administra­ção. Na Educação, na Saúde, na Defesa, na Segurança. Enfim, em todos os domínios, deixando par atrás um rasto de logro se promessas traídas. Nasceu sob o signo da‘ palavrada daé palavra honrada’ paras e convertere­m‘palavrada da e acção desonrada ’. No querespeit­aà PJ, instituiçã­o quep odes er temível par agente desonrada e sem palavra, quanto maiores forem as suas dificuldad­e, melhor para a rapaziada que hoje promete milhões sem critério. Amanhã, lá estará o cativa dor Centeno a meter tu dono sítio onde deve estar. Tesos. E sem piar. ●

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A sede da PJ, na Rua Gomes Freire, em Lisboa.

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