VALE TUDO POR DINHEIRO?
1. Rita Pereira, que acaba de ganhar papel de protagonista numa das séries que a TVI está a preparar para este inverno, apareceu, no passado fim de semana, nas suas redes sociais, em imagens que faziam publicidade à marca/loja de Cristina Ferreira. Rita é uma profissional com contrato de exclusividade com a TVI. Pode fazer esta “simpatia” à amiga? Pode. Deve? Não lhe fica bem. Porquê? Porque a TVI já deixou claro que não quer as suas figuras de primeira linha na concorrente SIC. Todos os profissionais da estação sabem disso – aliás, fez-se dessa decisão “tema”. É claro que a TVI não pode dizer que Rita Pereira aparece ao lado de Cristina. Porque isso não acontece. Mas há necessidade de, numa altura em que é depositada toda a confiança numa estrela da estação, esta fazer este tipo de provocação apenas porque “pode”? Não me parece a coisa mais sensata do mundo... até porque, no caso, Rita nem ganha com isso. Só cria uma situação embaraçosa e desnecessária.
2. Casados à Primeira Vista está transformado num daqueles programas que servem de “emprego”: participa-se para pagar as contas lá de casa – mesmo que para isso seja necessário pôr um anel no dedo, assinar papéis e partilhar cama com um estranho. Liliana e Pedro são um bom exemplo disso: da mesma forma como entraram entusiasmados neste reality show e, desiludidos, decidiram sair, eis que voltaram a entrar... porque precisam de dinheiro... e no programa ganha-se “à semana”. Vamos ser sinceros: é preciso ganhar a vida, nem que seja a aturar (intimamente falando) alguém que não se suporte? Ora aqui está uma verdadeira “experiência social” à qual os nossos avós dariam outro nome...
3. Ângelo Rodrigues está (ou vai) mostrar a sua recuperação num “documentário”. Eu, particularmente, continuo sem perceber se vai receber uma “remuneração extra” por esta exposição íntima ou se bastou um aperto de mão para dizer sim à SIC. É que Ângelo não tem contrato de exclusividade, o que significa que não recebe nada quando não trabalha. Então a questão é: aceitou esta “experiência social” – e pessoal – porque precisa de dinheiro para viver (como toda a gente) ou porque se quer manter alto o seu grau de popularidade junto do público?