“Estou perdido, REVOLTADO E ANSIOSO”
O famoso cozinheiro assume que encerrou os seus sete restaurantes e que já rescindiu contratos com cerca de 50 colaboradores. Está tão chocado que até já ligou para o ministro
Confrontado com acusações de que teria chamado 150 funcionários, dos seus sete restaurantes, para despedimento, o chef kiko Martins reage assim à TV Guia. “Se tivesse chamado 150 pessoas para as despedir, tinha-me despedido a mim próprio, pois neste momento não tenho tantas pessoas a trabalhar comigo.”
Em véspera de abrir um novo espaço de restauração, o cozinheiro revela ter recuado na inauguração do investimento e explica as rescisões em escala que está a fazer. “Ia abrir um restaurante, mas já não vou. Não tenho maneira de empregar pessoas... O que tem acontecido na última semana é que não estou a renovar contratos com pessoas que, na sua maioria, estavam em período experimental.”
Além dos despedimentos, Kiko decidiu “antecipar as férias de todas as pessoas a partir do dia 15 de março”, medida que a lei considera ilegal.
Kiko Martins confirma ainda à nossa revista que poderá ter dispensado cerca 50 pessoas desde o dia 10 de março e desabafa estar a viver dias de pânico. “Eu próprio estou perdido com estes momentos de profunda instabilidade. Estou revoltado e ansioso. Há 8 anos que pago impostos! Dou muito dinheiro a ganhar ao Estado e não tenho garantias nenhumas da parte do Governo. Já fiz, a título pessoal, uma chamada para o gabinete do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, mas continuo sem respostas.”