CLÁUDIO ARRASA SIC
Com o País e o mundo a lutarem, segundo após segundo, contra a Covid-19, não me apetecia falar de audiências, da RTP, da SIC e da TVI ou de guerras de bastidores. Mas o caos que esta pandemia está a causar também nas nossas televisões obriga-me a... pôr a mão na massa. E começo por Cláudio Ramos.
Sim, não gostava dele, talvez por preconceito. Sim, mas aprendi a gostar dele, porque veio do nada. Porque é daqueles que acordam a pensar no trabalho e daqueles que se deitam a pensar no trabalho. Daqueles que acham que são bons e que o admitem. Uns, os tristes, chamam-lhe arrogância e vaidade. Eu chamo-lhe frontalidade e confiança. É verdade que Cristina Ferreira lhe deu a mão em 2019, acreditou no seu talento e lhe deu o protagonismo que até então na SIC não lhe tinham dado. Que se não fosse ela... Mas isso é sempre assim nas nossas vidas: alguém acreditar no nosso valor e dar-nos a oportunidade. Falam-me do Passadeira Vermelha, e eu pergunto: foi o melhor que Daniel Oliveira lhe conseguiu arranjar? Era pouco. “A” oportunidade merecida é apresentar o Big Brother, e esta foi-lhe dada por Nuno Santos, o novo diretor de Programas da TVI. Com o reality show pronto a estrear, Cláudio deu várias entrevistas.
À TV Guia, disse o seguinte: “Tanto a Cristina como eu temos uma vida ocupada. Não faz sentido passarmos a vida a falar um do outro. Escolhi o meu caminho, e ela tem o dela.” Nem mais. Afinal, a estrela da SIC também deixou a TVI, que lhe tinha dado tudo, para abraçar o desafio de Balsemão. “Cruzámo-nos num belíssimo momento. Tenho a certeza de que um dos melhores momentos da vida dela foi trabalhar comigo.” Pronto, disse o que pensa. Qual é o crime, em tempo de guerra? Noutra entrevista, arrasou assim a SIC: “Não fui valorizado. Cheguei a propor conteúdos meus a todos os diretores. Ficaram sempre dentro da gaveta...” Sem comentários. Queria falar ainda do fim abrupto do Got Talent, na RTP1, grande formato de TV, mas tenho de terminar com um grande obrigado a todos os profissionais de saúde em Portugal pelo árduo e brilhante trabalho desenvolvido nos últimos dias, muitas vezes sem condições nenhumas. Vocês são uns verdadeiros heróis!