TIRA TUDO ao pai
Cansado das várias polémicas em torno do progenitor, o rei de Espanha retirou-lhe a subvenção anual de 195 mil euros e abdicou de qualquer herança vinda dele, após a sua morte
No meio da batalha contra o COVID-19, os espanhóis ainda têm de lidar com os escândalos da família real, estando, mais uma vez, Juan Carlos, de 82 anos, no centro da polémica. Só que, desta vez, o bom nome de Felipe VI também está a ser posto em causa.
O verniz estalou depois de, no domingo, se ter tornado público que o atual rei de Espanha tem o seu nome ligado a duas fundações do Panamá – Zagatka e Lucum –, alegadamente criadas pelo progenitor. Felipe V foi dado como segundo titular das contas e seu beneficiário. O grande problema é que os 100 milhões dessas contas podem ser resultado de comportamentos corruptos e lavagem de dinheiro. As autoridades suíças e o ministério público espanhol estão a investigar tudo.
Para tentar evitar que a polémica se alastre, Felipe VI emitiu um comunicado, distanciando-se da polémica e assegurando que desconhecia ter o seu nome ligado a estas fundações. No primeiro caso, Zagatka, o Palácio da Zarzuela afirma que o rei não tinha conhecimento; no segundo, Lucum, soube da sua existência através de um escritório de
advogados em março de 2019, e que em abril compareceu perante um notário para manifestar que havia endereçado uma carta ao pai. Que se fosse verdadeira a história de ser beneficiário dessas fundações, deixava sem efeito tal designação, manifestando igualmente que não aceitaria participação ou benefício algum nessa entidade. Devido a estes escândalos, o rei espanhol abdica da parte da herança que lhe couber da morte de Juan Carlos e este deixará de receber os 195 mil euros anuais que saem do orçamento da Casa Real.