TV Guia

A CHAPADA DE MARIA

- POR PAULO ABREU

1. Maria Botelho Moniz esteve 12 anos na SIC, onde se deu a conhecer como atriz na novela Podia Acabar o Mundo. Em Carnaxide e Paço de Arcos, fez de tudo um pouco – do Curto Circuito ao Passadeira Vermelha –, mostrou ser uma mais-valia, mas nunca ninguém na estação de Pinto Balsemão lhe deu, curiosamen­te, um contrato de exclusivid­ade. Nem uma oportunida­de a sério. A TVI reconheceu-lhe muitas qualidades, ofereceu-lhe mais dinheiro, mais segurança no trabalho e mais desafios profission­ais. E ela foi.

Hoje, quase 10 meses depois, só tem motivos para sorrir: assumiu (e bem) os Extra do BB, substituiu Goucha e Fátima nas suas férias, com distinção, e integrou-se de forma perfeita na família do Somos Portugal. Agora, deram-lhe as manhãs, com o programa Dois às Dez, ao lado de Cláudio Ramos. Segunda-feira, 4, é, por isso, o primeiro dia do resto da vida de Maria. A herança, a de conseguir fazer esquecer Goucha e vencer os rivais Diana Chaves e João Baião, é pesada, mas possível. E essa, se acontecer, será a melhor chapada de luva banca a Daniel Oliveira.

2. António, infetado com covid-19 e internado em 26 de março, esteve em coma durante dois meses. Está numa cadeira de rodas, a recuperar das graves mazelas, numa unidade de saúde. Só agora recebeu as visitas da mulher e dos filhos. Protegidos por máscaras e separados por um plástico, abraçaram-se, beijaram-se e choraram. A reportagem do Jornal da Tarde de sábado (RTP1) foi um murro no estômago. Não pode deixar ninguém indiferent­e e só nos faz ansiar mais pelo fim da pandemia, agora que chegou a vacina.

3. Há dias, perguntara­m-me quando é que a Varanda da Esperança chega ao fim. Respondi que é para continuar, enquanto houver estrada para percorrer. E o nosso convidado desta semana, Joaquim Nicolau, ator e cidadão de excelência, deu-me razão: “Portugal e nós, portuguese­s, estamos inscritos na lista de países desenvolvi­dos, mas um país e uma sociedade que tem cidadãos seus, ou à sua guarda, a viverem em condições materiais, culturais, afetivas, abaixo do limiar da pobreza… Não nos podemos sentir um povo e um país desenvolvi­dos.” Feliz 2021, caro leitor.

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