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ADEUS ao embaixador do Fado

A Covid-19 não permitiu que uma multidão se despedisse do cantor de Lisboa, falecido aos 81 anos. Na basílica da Estrela, ouviram-se palmas e guitarras no dia do seu funeral. O fadista fica imortaliza­do com a escolha de Lisboa Menina e Moça como canção of

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CJOÃO BÉNARD GARCIA

entenas de pessoas despediram-se do cantor Carlos do Carmo, de 81 anos, em frente à Basílica da Estrela ao som de Lisboa Menina e Moça. À medida que a urna saía do templo, um grupo de guitarrist­as entoava uma das músicas mais conhecidas do carismátic­o artista, e que passa, por decisão da autarquia lisboeta, a ser a “canção oficial da cidade”, conforme anunciou o presidente da autarquia, Fernando Medina. Numa breve nota publicada na sua página da rede social Facebook, Fernando Medina avança que esta “é a melhor homenagem que a cidade pode prestar a Carlos do Carmo, durante anos o grande embaixador do fado”. Segundo o autarca, trata-se de uma decisão tomada “com o acordo unânime” dos vereadores do município e que perpetua a importânci­a do fadista para cidade.

MARILINE ALVES ARQUIVO COFINA

EAlém de Lisboa Menina e Moça como “canção oficial da cidade”, a autarquia irá, em conjunto com a família do fadista, encontrar uma “forma complement­ar de o homenagear” atribuindo o seu nome a uma rua ou a um equipament­o da cidade a designar. No interior da Basílica, foram dezenas as figuras públicas que quiseram prestar a última homenagem ao artista. No interior da igreja maior do bairro da Estrela estiveram família, alguns políticos e personalid­ades da cultura, em especial da música.

Já no exterior, centenas de pessoas despediram-se do fadista, cumprindo o distanciam­ento regular imposto pela pandemia da Covid-19 para aglomeraçõ­es de multidões. “Obrigado, Carlos!”, ouviu-se, entre a música e os fortes aplausos, num momento testemunha­do pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro, António Costa. 

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