Ela virou mãe DAS IRMÃS
As irmãs, de 5 e 23 anos, estão a viver na moradia da atriz, na Malveira. A mãe, condenada, já pediu licença para ver o marido na prisão. Há novos pormenores do negócio “secreto” que implica burlas de milhares
Amãe de Sara Barradas, de 30 anos, entregou-se dia 18 de janeiro de 2021 às autoridades, no Estabelecimento Prisional de Tires, em Cascais, depois de ter sido condenada, pela Justiça, a uma pena de prisão efetiva de sete anos, por ter cometido dez crimes de burla qualificada, com valores subtraídos a terceiros superiores a 290 mil euros. No fim de semana anterior, Felisbela Dias, de 48 anos, entregou aos cuidados do conhecido ator José Raposo, de 57 anos, e também da filha atriz, a meia-irmã desta, Íris, de 5, e a irmã do meio, Bárbara, de 23, que, segundo avança o acórdão do tribunal, é apontada como sendo uma jovem “com vários problemas psíquicos e psiquiátricos”. Entretanto, a TV Guia sabe que as duas filhas de Felisbela Dias estão agora a viver na moradia de Sara e José Raposo, na Malveira, nos arredores de Lisboa. Debaixo do mesmo tecto vive ainda Lua, a filha de 22 meses do casal, que agora terá a companhia diária das tias para brincar, pelo menos enquanto a avó Felisbela estiver a cumprir, no mínimo, dois terços da pena – quatro anos e 8 meses. Embora sofra em silêncio, o casal estava longe de imaginar que o arrendamento, há vários anos, de uma moradia de grandes dimensões lhes seria um dia tão útil, embora o tivessem feito com outros propósitos, sendo agora José Raposo “um homem entre mulheres”. À TV Guia, Elisabete Sá Raposo, a mãe de 85 anos de José Raposo, referiu esse facto, antes do escândalo: “Eles arrendaram uma casa grande na Malveira, não sei bem para quê. É uma moradia daquelas de rés do chão e primeiro andar e eles são só três… Devem estar a pensar ter mais meia dúzia de filhos.”
MARIDO TAMBÉM ESTÁ PRESO
A TV Guia apurou ainda em exclusivo que a mãe de Sara, que se entregou na prisão de Tires a 18 de janeiro, já preencheu o formulário, ao abrigo do Regulamento Geral dos Estabelecimentos Prisionais, para ter direito a visitas íntimas mensais, as famosas “visitas conjugais”, benesse de que apenas poderá usufruir após seis meses de reclusão. Recorde-se que o marido da reclusa, João Almeida, de 50 anos, ex-chefe dos técnicos de iluminação do Teatro Nacional Dona Maria II, também se entregou a 18 de janeiro, no Estabelecimento Prisional de Lisboa, para cumprir seis anos de prisão, pelo mesmo número de crimes. A teia montada pelo casal prejudicou diretamente sete famílias, uma das quais a de Sara e José Raposo, que perdeu 13.417 euros com o esquema da mãe da atriz. A nossa revista revela agora que terá sido também a pensar no conforto da mãe idosa que o ator mergulhou, em 2016, de cabeça na burla da sogra. Segundo o depoimento de Sara Barradas na PSP, a que tivemos acesso, Dona Elisabete seria uma das beneficiárias do negócio. “Foi na sequência dessa conversa (sobre imóveis baratos) que a declarante e o respetivo esposo (José Raposo) decidiram falar com Felisbela Dias no sentido de se constituírem como promitentes compradores de cinco imóveis (de T2 a T4) na cidade de Lisboa, na zona do Parque das Nações, Quinta das Conchas e Laranjeiras.” Além disso, nos autos de polícia, Sara revela quais eram as intenções do casal: “Acresce que a declarante e o esposo se propunham oferecer dois dos imóveis aos filhos de José Raposo, um imóvel à mãe de José Raposo, e ficariam com os dois restantes para usufruto próprio e para rentabilizar.” Questionada sobre os contornos estranhos do negócio, Sara Barradas explicou que “nunca recebeu qualquer comprovativo desses pagamentos, na medida em que o negócio funcionava numa ‘base de confiança’ e com algum ‘secretismo’”, assumindo a sua quota de culpa pelos en
godos: Foi Sara quem, “de forma casual, junto de familiares e amigos próximos, que num ato de boa-fé e de ajuda, intercedeu junto de Felisbela Dias para que falasse com Filipe Martins (o falso cúmplice) no sentido de essas pessoas do seu ciclo familiar e de amizade restrito poderem aceder a esses negócios vantajosos”. A atriz de Quer o Destino continua a defender a inocência da mãe e diz que esta “atuou sempre de boa-fé e inocentemente para ajudar” e crê que “os demais intervenientes se envolveram de livre vontade, tentando beneficiar de negócios vantajosos”.