TV Guia

Operação de ALTO RISCO

Foram os três seguranças privados do deputado e presidente do Chega que garantiram a segurança da vencedora do BB – Duplo Impacto. Na madrugada da vitória no reality da TVI, enquanto guardavam a jovem de Cascais, deixaram o político e a mulher sem qualque

- TEXTO JOÃO BÉNARD GARCIA FOTOS LILIANA PEREIRA E D.R.

Aaparatosa operação de segurança de Joana Albuquerqu­e, a vencedora de 21 anos do Big Brother Duplo Impacto, após a gala final do reality show da TVI, pôs em risco a vida do deputado e presidente do Chega, André Ventura e da sua mulher, Dina Marques Nunes, apurou em exclusivo a TV Guia.

A informação foi confirmada à nossa revista por Luís Rocha Branco, primo direito da mãe da famosa “Beta de Cascais” e dono da empresa LB Segurança Privada, Unipessoal, Lda., que protegeu a jovem e o pai na madrugada em que esta venceu o reality, e também nos dias que se seguiram ao final do programa. “Avaliámos, com os pais da Joana, que havia um elevado risco de segurança após a saída dela dos estúdios da Venda do Pinheiro”, confirma, justifican­do as razões por que foi tomada a decisão de, na madrugada de 28 de março, proteger a vencedora do BB: “Depois das ameaças do ex-colega Rui Pedro no reality show anterior, e de termos feito três transporte­s com segurança, decidimos, à saída do BB Duplo Impacto, deslocar uma equipa de seguranças, que temos alocada a um deputado, para fazer o transporte em segurança da Joana até à sua casa em Cascais.”

Apesar de Luís Rocha Branco dizer apenas que a sua empresa efetua serviços de segurança privada a um deputado e que o fez a um ex-candidato à Presidênci­a da República, várias imagens televisiva­s do

cumentam que o protegido foi, e é, o líder do Chega, André Ventura.

AFINAL O PERIGO ERA REAL

A verdade é que, durante a viagem dos estúdios da Venda do Pinheiro até Alcabidech­e, em Cascais, a vencedora do BB foi perseguida por uma viatura, facto que obrigou a equipa a fazer manobras de diversão.

Luís Rocha Branco conta tudo: “O chefe da nossa equipa de segurança suspeitou de que a comitiva estava a ser seguida e fez várias manobras de segurança, com várias voltas para despistar o condutor e confirmar a perseguiçã­o. O chefe da equipa ligou para a GNR de Alcabidech­e, deu indicação da matrícula da viatura Toyota Yaris com três elementos no seu interior, mas, infelizmen­te, quando chegaram ao posto desta força de segurança, o condutor da viatura, que sabemos ter sido alugada na Leaseplan, fez marcha atrás e desaparece­u.”

Dois dias depois, a 30 de março, quando a vencedora do BB Duplo Impacto se deslocou às instalaçõe­s da TVI para ser entrevista­da por Maria Botelho Moniz e Cláudio Ramos no programa das manhãs Dois às Dez, outra viatura Toyota Yaris alugada, com apenas um elemento no interior, voltou a seguir a comitiva de Joana e dos seus seguranças. “Seguiu-nos discretame­nte na autoestrad­a, entrámos pelo nó do Estoril, andámos às voltas e depois teve um comportame­nto mais profission­al e discreto. E acabou por desaparece­r”, confirma.

CUIDADO COM OS FÃS

Luís Rocha Branco garante que Joana Albuquerqu­e, a famosa “Beta de Cascais”, não inventou questões de inseguranç­a, nem tem a mania da perseguiçã­o. “A Joana não inventou nada. Houve uma perseguiçã­o efetiva, testemunha­da pela minha equipa. Tivemos realmente de tomar medidas de segurança. Como o grau de ameaça era subjetivo, tivemos de cumprir todos os procedimen­tos de segurança, pois lendo os ataques contra a Joana que têm sido escritos nas redes sociais, não sabíamos se seria um fã de outra fação mais incendiado que não distingue programa da realidade”, especifica, clarifican­do como classifica estes atos nas redes sociais. “A internet é um lugar de amor, mas também de muito ódio. E toda a gente, até a produção do reality show, sabe que se se puxar pelo ódio tem sempre mais audiências.”

“Decidimos, à saída do BB, deslocar para a Joana uma equipa de seguranças, que temos alocada a um deputado”

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Luís Rocha Branco, primo direito da mãe de Joana, conta que o risco de segurança foi “subjetivo” mas “real” e que houve duas perseguiçõ­es.
Os guarda-costas da LB Segurança Privada, do primo de Joana, fazem proteção a André Ventura. Luís Rocha Branco, primo direito da mãe de Joana, conta que o risco de segurança foi “subjetivo” mas “real” e que houve duas perseguiçõ­es.
 ??  ?? Em dezembro, Joana diz que foi “ameaçada de morte” por Rui Pedro e chegou a chamar a GNR aos estúdios da Venda do Pinheiro.
Em dezembro, Joana diz que foi “ameaçada de morte” por Rui Pedro e chegou a chamar a GNR aos estúdios da Venda do Pinheiro.

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