ÚLTIMO TRUNFO DE CRISTINA
1. Não quero, até porque não gosto, estar a chover no molhado, mas parece-me mais ou menos evidente que, se a TVI não tirar um coelho da cartola, até setembro o jogo das audiências não sofrerá grandes alterações – ou seja, continuará a perder, dia após dia, para a SIC. O último trunfo que Cristina Ferreira tem para lançar nesta altura do campeonato parece ser a sua novela cómica, Festa É Festa,
protagonizada por Pedro Teixeira, e que está a ser gravada na Plural – estreia ainda neste mês.
As novidades introduzidas por Cristina na programação, desde que assumiu o cargo de diretora, tiveram-na – ou têm-na – como protagonista. Passado o impacto provocado pela natural curiosidade das emissões inaugurais, os diversos projetos foram ficando aquém das expectativas criadas. Aceitam-se agora apostas para a ficção que ela imaginou e que até já deu lugar a um pronunciamento em antena, como sendo uma coisa nunca vista.
Quando olho para os últimos meses, penso logo no cuidado que a gestão das ambições recomenda. E acabo por cair, outra vez, num (bom) exemplo recente: Rúben Amorim, com pezinhos de lã, sem nunca falar alto nem aparecer de barriga cheia, com o “nós” sempre acima do “eu”, está a um passo de ser campeão nacional pelo Sporting, quando ninguém acreditava em tal proeza. Talvez nem o próprio. Conclusão: o treinador dos leões e Cristina não são nada iguais... E qual deles está mais perto de ganhar?
Após ver Cristina perder para o chef
Ljubomir, aos domingos à noite, e para Êta Mundo Bom, de segunda a sexta-feira, ambos rivais da SIC – já para não falar nos duelos intensos com O Preço Certo, de Fernando Mendes, da RTP1 –, há outra pergunta que tenho de fazer: quanto vale hoje a apresentadora da TVI?
2. Além do entretenimento, a TVI está a investir forte na informação: a seguir a Anselmo Crespo (o diretor), Pedro Mourinho, Sara Pinto, Pedro Benevides e Joaquim Franco, a estação foi buscar agora Luís Costa Ribas, histórico correspondente da SIC nos EUA. Termino com mais uma questão: qual será o ambiente na redação da SIC de Baixo – perdão, Queluz de Baixo?