O amor perdido, a vitória na representação e a irmã que não larga E tudo começou por MERO ACASO...
Se não tivesse sido chamada para substituir a irmã gémea, operada durante as gravações de Mar Salgado, provavelmente teria continuado a sua vida como gestora. Mas o bicho da representação ficou e hoje dá vida à louca Sandy, de Amor Amor, personagem exigen
Com apenas 22 anos, Joana Aguiar – irmã gémea de Inês Aguiar que podemos ver em Bem Me Quer – está a ter o papel da sua vida como Sandy, em Amor Amor. Uma jovem sem barreiras, abusadora e conflituosa... e a atriz não podia estar a gostar mais desta personagem. “Está mesmo a ser um desafio e espero estar a corresponder às expectativas das pessoas”, conta a jovem que confessa que a preparação para esta cantora “foi exigente” até porque estava longe de pensar que tinha de cantar. “Tivemos aulas de canto para saber como usar a voz como instrumento de trabalho e arranjar técnicas para soarmos melhor. Infelizmente por causa da covid-19 não pude fazer grande acompanhamento de artistas, que queria muito, para ver os bastidores, saber como mexer-me em palco, aquelas coisas... mas o Ivo [Lucas] ajudou-me muito. E depois recorri à minha imaginação e a tudo o que tinha visto de séries e documentários para me inspirar”, revela. Sandy, após meses e meses de trabalho entretanto já se entranhou na atriz. Por isso Joana diz que não é “fácil desligar ao fim do dia” e quando chega a casa: “Coitada da minha família e da minha irmã. Chego cheia de tiques, depois sai-me aquelas asneiradas que a Sandy diz. E a minha irmã diz logo que estou a mexer muito as mãos.” De resto, é graças a Inês que Joana se aventurou neste mundo, quando em Mar Salgado teve de substituir durante umas semanas a irmã gémea, operada a uma apendicite. “Também tinha esta vontade de experimentar mas depois do Mar Salgado comecei a fazer cursos e aquilo que era uma brincadeira tornou-se o que faço na vida real”, revela. “Mas como plano B fiz um curso de gestão. Nunca se sabe”, deixa no ar. “E está acabado”, acrescenta orgulhosa.
CUMPLICIDADE DE GÉMEAS
Esta é a primeira vez que Inês e Joana estão tão diferentes. A atriz revela à TV Guia que as duas são “muito confidentes e mesmo muito próximas” e que sempre se apoiaram mutuamente. “Não sei se é de sermos gémeas, se por outra coisa, mas acho que é união familiar”. E hoje acha fantástico ambas estarem a trabalhar no mesmo ramo, até porque “é bom” ter alguém “que passa por dificuldades e vitórias semelhantes”. Joana acrescenta que até é bom em certas situações, especialmente quando há cenas mais escaldantes. Apesar de Joana garantir que os pais aceitam “de forma tranquila” a maior exposição, admite todavia que as cenas mais quentes “são sempre” um bocadinho desconfortáveis. “Para relaxar é ótimo ter uma mana gémea que faz o mesmo que eu. Gozamos muito uma com a outra nesses momentos e alivia as coisas”, diz.
SOLTEIRA E CENTRADA
Ao contrário de Inês, a quem oficialmente nunca se conheceu um namorado, Joana Aguiar vivia uma relação longa com Miguel Marques, algo que acabou A jovem por se de esfumar 22 anos, nos apesar últimos de tudo, meses. garante que o seu coração “está ótimo”. “Neste momento estou focada no meu trabalho”, conta Joana que não se importa de estar solteira. “A verdade é que estou feliz. A Sandra, de qualquer maneira, ocupa-me mesmo todo o tempo livre que tenho e que não é da família”, diz sem receio. O seu único calcanhar de Aquiles é não desiludir a avó de 95 anos, uma ávida seguidora dos seus trabalhos. “Ela vive connosco e acompanha a par e passo as nossas conquistas”, revela a atriz, que por causa da avó esteve sempre mais consciente dos perigos desta pandemia. “Não queria levar nada para casa. Eu sei que pode haver coisas que acontecem sem querer mas a minha avó é mais frágil e eu quero continuar a vê-la por muito mais tempo”, diz babada. Contudo, e apesar desta situação, Joana sublinha que a pandemia não mudou muito a sua vida. “Estive sempre a trabalhar. Na realidade fui uma sortuda porque fiz a Nazaré, uma série e depois logo a seguir o Amor Amor... por isso a pandemia parece passar-me um bocadinho ao lado. Obviamente que no período inicial não foi fácil, mas hoje sinto que tenho uma vida minimamente normal, com todos os cuidados que temos de ter”, conclui.
“O meu coração está bem. Estou feliz. Só tenho tempo para a minha Sandy”