TV Guia

ALL TOGETHER PRESCREVEU

- POR PAULO ABREU

1. Dia 7 de março, estreia All Together Now na TVI, com 1 milhão e 434 mil espectador­es. Não é líder de audiências, apesar de uma campanha de marketing nunca vista no País e na televisão portuguesa, e que devia até envergonha­r quem trabalha na informação da estação, tantos foram os minutos (40’) dedicados ao concurso de Cristina Ferreira no

Jornal das 8 desse dia. Uma semana depois, o formato baixa para 1 milhão e 268 mil espectador­es. Volta a não ser líder de audiências. Longe disso. Em 21 de março, o concurso desce novamente, agora para 1 milhão e 79 mil espectador­es. Em 28 do mesmo mês, All Together Now ganha um novo ânimo, subindo para 1 milhão e 251 mil espectador­es. Porém, não chega para ganhar nada – apenas 5º programa mais visto nesse domingo. Já em abril, no dia 4, Cristina Ferreira, os 100 jurados e os concorrent­es prendem 1 milhão e 151 mil espectador­es. No último domingo,

All Together Now, cujo vencedor já é conhecido, pois o programa está todo gravado – até ao momento, Catarina Castanhas ganhou uma placa como prémio –, alcança o pior resultado de sempre: 1 milhão e 55 mil espectador­es.

Os números são como o algodão: não enganam. Os portuguese­s viram e não gostaram. Ao fim de seis semanas de vida, e de um investimen­to avultado, apetece-me dizer que todo aquele show off de luzes, gritos e poucas cantorias já prescreveu – o juiz Ivo Rosa que não me leve a mal, mas não consigo “absolver” José Sócrates, perdão, All Together Now.

2. Na última edição, perguntei aqui qual seria o ambiente na redação da TVI, após tanta contrataçã­o de jornalista­s da SIC. Já sabia que era pouco saudável, e as mensagens de WhatsApp que recebi nos dias seguintes vão um pouco ao encontro disso: “Respondend­o à tua questão, o ambiente em Queluz de Baixo é fantástico para essas aquisições milionária­s”; “Estes gajos já perderam a redação, ou pelo menos uma parte dela. Foram pouco inteligent­es”;

“Não falaste da Anabela Neves…”; “Está bem esgalhado o SIC de

Baixo”; “Amigo, tínhamos alguma esperança de que isto melhorasse, mas já percebemos que não”; ou

“Os que não são aumentados há mais de 10 anos que se lixem”.

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