Desemprego, curso e trauma de VIOLENCIA ^
A atriz de 32 anos nunca baixou os braços e, por isso, por ter necessidade de ter dinheiro em casa, trabalhou num café, num restaurante e num casino. Embora ainda recorra a terapia, devido às agressões de um ex-namorado, hoje, graças a Diogo Andrade, volt
Quando recebeu o convite para ser jurada de All Together Now, da TVI, Laura Galvão estava desaparecida da televisão há três longos e duros anos – o último trabalho foi em A Herdeira, onde entrou em apenas 12 episódios. Não querendo depender do namorado, a atriz, de 32 anos, arregaçou as mangas. “Ninguém me chamava para nada, e era frustrante. Questionei-me muito se sabia o que fazia, ou não. E, sem nada para fazer, fui trabalhar em part-time num café”, começa por contar à TV Guia, que, depois, ainda passou por um restaurante e foi caixa no casino de Troia: “Tinha de ter dinheiro em casa, que uma pessoa não vive do ar.” Esta foi uma altura extremamente difícil para Laura Galvão, que achava que se tinham esquecido de si. Mas, com a ajuda de Diogo Andrade, o namorado, de quem tem uma filha, Índia, de 5 anos, tudo se resolveu.
“É, sem dúvida, o meu pilar. Nunca me deixa desistir. Nunca me senti diminuída e ele ajudou imenso.” Foi aí que aproveitou para tirar uma formação em hipnose. “Hoje, além de atriz, sou hipnoterapeuta. Sempre gostei de ouvir pessoas. Para mim, é terapia. Sou muito ligada ao mundo místico e holístico e, quando apareceu esta formação, aproveitei. Agora, faço consultas de vidas passadas, tratamentos de depressão e ansiedade”, diz à nossa revista, orgulhosa: “E já tenho alguns pacientes, por causa da Covid, e um espaço para consultas.”
AVÓ À BEIRA DA MORTE
Apesar de ter adorado fazer o All Together Now, com “aqueles artistas todos”, Laura Galvão vive entretanto um drama familiar. “A minha avó esteve muito mal, a morrer em casa. Era de velhice, porque já tem 92 anos. Na altura, foi parar ao hospital, com uma insuficiência renal, respiratória e cardíaca, com os órgãos muito velhinhos a falharem. Despedi-me dela duas vezes”, confessa a atriz, muito emocionada: “Deixou de andar, de falar, de fazer tudo... Era um cadáver. Foi duro quando veio para casa. Achámos que vinha para morrer, e quase aconteceu. Um dia, engasgou-se com um bocado de leite e tivemos de chamar o INEM. Foi outra vez para o hospital, onde lhe fizeram uma aspiração.” De um momento para o outro, a avó voltou a falar, a comer e a querer movimentar-se. Atualmente, está num centro de recuperação. “Não voltou ainda para casa, porque tem de fazer fisioterapia, mas está ótima. Por isso é que eu chorava tanto quando os concorrentes contavam as suas histórias de vida. Eu estava muito frágil! Passava uma fase dura e difícil, que se manifestava daquela maneira.” Durante as gravações de All Together Now, Laura Galvão assume que só lhe apetecia “ir para os bastidores ajudar os concorrentes a relaxar”. “Quem pensa que é fácil julgar engana-se.” A atriz mudou-se para casa da mãe, em Benfica do Ribatejo. Com ela seguiu a filha, que lhe tem feito a cabeça em água. “Ela veio para casa mal houve um caso de Covid na escola, e não voltou mais. Não consigo que volte. E confesso: é horrível e já lhe disse que isto não pode continuar. Estar sempre com ela, dar consultas e gravar a novela é uma loucura! Só tenho descanso quando o pai está em casa, ou à noite”, lamenta.
SUPERAR A DOR
Uma coisa, contudo, parece estar resolvida: o drama de saúde de Laura Galvão, que sofre de doença de Crohn. “Isso está tudo controlado... Quando estou mais stressada, lá dá sinal, mas hoje já nem tomo medicação, o que é ótimo”, garante a atriz, que recentemente confessou a Manuel Luís Goucha, na TVI, ter vivido um passado violento, causado por um amor: “O curso de hipnose ajudou a resolver-me. E quando preciso, ainda hoje faço terapia. Afinal, vivi com uma pessoa que me agrediu, que me castrou durante anos, me deitou abaixo...” Apesar de já ter passado muito tempo sobre este passado de violência doméstica, e de hoje ser feliz, Laura Galvão reconhece à TV Guia estar a aprender a viver com as velhas memórias: “Os males do passado vão-se resolvendo. Este é um processo para a minha vida inteira.”
“Nunca me senti diminuída e o Diogo (namorado) ajudou imenso. Ele é, sem dúvida, o meu pilar”