“Optei por VIVER”
Afogada numa depressão, trocou o fado pelo mundo da televisão, para preservar a sua saúde mental. Artista sabe que foi uma “loucura”, mas soltou as “amarras” e acabou por ter um final muito feliz
Dois anos após ter anunciado que iria deixar a música, Raquel Tavares está certa de que foi a decisão mais acertada que tomou e que acabou por tirá-la da depressão em que estava. “A fadista é, normalmente, tradicional, do bairro, e percebi que tinha esse peso, que acabou por me criar amarras. e pensei: ‘Espera aí, estou a chegar aos 30 e tal anos, vou perder tempo, se não arriscar.’ Não prescindi do fado, jamais… Sou fadista! Prescindi de cantar temporariamente, não sei até quando”, confessa à TV Guia. A apresentadora de Domingão e atriz de Por Ti (ambos da SIC) garante que o que mais ganhou com esta opção foi “liberdade” e considera que foi um “ato de loucura” ter deixado de cantar no auge da sua carreira de fadista: “Tinha muita sorte, fazia o que gostava, mas acho que não estava feliz. Ser artista implica muitas coisas, e uma delas é abdicar da vida no geral. Optei por viver.”
RISCO ASSUMIDO
Raquel Tavares dedicou-se à apresentação e foi posta à prova na representação. Quem manda na SIC, gostou do que viu em Golpe de Sorte e apostou em si Por Ti. Apesar de estar feliz neste desafio, aquela que ainda se assume como “uma fadista”, não quer andar a fazer de conta durante muito tempo: “Não é aquela coisa que quero fazer para o resto da vida, não tenho esse pensamento em relação a nada. Já nem sobre a música, nem nada. Não há nada que queira fazer para sempre.” Revigorada, a artista de Alfama, de 37 anos, revela ainda: “Estou feliz, mas tem de se conquistar essa felicidade, independentemente do custo. Se foi arriscado deixar a minha vida? Foi, claro, mas agora estou bem.”