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“Tomo VIAGRA” “hiperativo”.

Canta e toca desde os 9 anos, tem 75, e diz que é Só espera que a “máquina” funcione bem agora para aguentar a estrada até agosto. Durante a pandemia, não parou de compor: fez 35 novas músicas!

- TEXTO JOÃO BÉNARD GARCIA I FOTOS VÍTOR MOTA E RICARDO RUELLA

Durante a pandemia, fiz 35 novas músicas! Tenho-as em stock. Dá para fazer três discos”, jura Quim Barreiros, 74 anos, um dos músicos mais amados pelo povo, em especial pelos estudantes nas queimas da fitas. “Dediquei-me a escrever canções. O que se está a passar é que qualquer artista português hoje grava, mas ninguém ouve. As rádios continuam sem divulgar. Quando a gente vai às televisões, pedem sempre que a gente cante as antigas. Não querem as novas, querem as antigas.” O mesmo acontece durante os concertos que dá pelo País. “O meu público vai ver os concertos e quer é o Cheirar Teu Bacalhau, o Chupa a Teresa, a Cabritinha ou A Garagem da Vizinha. Se tiro uma dessas para lá meter outra nova, as pessoas fazem um barulho que nem imaginam. E eu penso: ‘Então é isso que vocês querem? Tomem lá’.”, remata.

EM LISBOA NOS SANTOS POPULARES

Depois de dois anos parado, o que não falta agora a Quim Barreiros e aos seus sete colaborado­res na estrada é concertos. “Estou com muito trabalho, muito espetáculo, e ando pelas aldeias a cantar. Neste momento, em termos de concertos, se melhorar, estraga. Tenho marcados, até agosto, à volta de 120 concertos, por vezes dois por dia. E vão-me ver muitas vezes por Lisboa, porque as juntas convidaram-me para as festas dos Santos Populares”, avança. Questionad­o sobre onde vai buscar tanta energia, Quim Barreiros mostra-se malandreco, bem ao estilo das suas músicas. “Quando não tiver energia para isto, tomo Viagra. Sou hiperativo! Depois de dois anos parado, há motivação, agora vamos ver é se a máquina funciona bem”, diz, acrescenta­ndo: “Estivemos parados e agora aparece-nos esta avalanche de espetáculo­s. Até com as letras, para embalar outra vez, não é fácil. Custa, mas já fizemos as festas académicas.”

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Aos 75 anos, e depois de estar dois anos parado com a pandemia, Quim Barreiros afirma, satisfeito:
“Agora aparece-nos esta avalanche de espetáculo­s.”
Quim Barreiros a fazer de ele próprio numa cena com Corcovada e Quina, na novela Festa é Festa, da TVI. Aos 75 anos, e depois de estar dois anos parado com a pandemia, Quim Barreiros afirma, satisfeito: “Agora aparece-nos esta avalanche de espetáculo­s.”
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