COISAS BOAS E COISAS MÁS NOS GLOBOS DE OURO
Em noite longa, segue a lista de agradáveis surpresas e de disparates desnecessários. Boas notícias para os espectadores: o bom superou o mau.
COISAS BOAS:
1 – Os discursos de Ruy de Carvalho, João Reis e Garota Não: O primeiro foi o homenageado da noite e soube passar uma mensagem de vida e de amor à profissão do alto dos seus 96 anos; os outros dois aproveitaram o palco para falarem dos temas do momento: crise “na habitação, empobrecimento e desigualdade social”. Porque um espetáculo desta envergadura pode ter causas.
2 – A sobriedade de Clara de Sousa na apresentação: funciona e dá à gala a dignidade que ela merece.
3 – A voz ao cinema e à música não necessariamente de massas: nem tudo o que vai a votação tem de ser tabloidizado, padronizado ou popular. O papel destes troféus também é dar a conhecer – a vertente informativa – títulos e artistas a quem pouco sabe sobre eles. Cultura a subir a um palco de massas por uma boa causa.
4 – Soraia Chaves “em ótima”: poucas figuras podiam vestir aquele vestido. Continua fantástica e muito elegante. 5 – O regresso dos Táxi: o rock dos anos 80 levantou o Coliseu. Ponto.
6 – Justiça a La Féria: Mal amado por parte da classe artística, La Féria merece todos os prémios pelo trabalho no teatro musical que desenvolve. Salva de palmas ao encenador e a quem atribui.
COISAS MÁS:
1 – O calor na sala: felizmente, não se sentiu em casa, mas os leques reinaram na plateia.
2– A desastrada subida de Ruy de Carvalho ao palco: houve um momento em televisão que pareceu eterno: o ator subia ou não o palco? Era para ele a homenagem? Hesitações que atrapalham o espetáculo.
3 – Momentos musicais para mudar de canal: à exceção dos Táxi... desastre.
4 – O vestido de Clara de Sousa: não há meio de acertarem com o “embrulho” à melhor apresentadora dos Globos.
5 – Os “marretas” Horácio e Rocha: a ideia era boa, mas o texto forçado. Mais valia terem ficado na sala.