TV Guia

PRESO pelos colegas

CÉSAR MOURÃO QUER PÔR FIM A PROJETO DE 23 ANOS

- TEXTO JOÃO BÉNARD GARCIA | FOTOS BRUNO COLAÇO E D.R.

Humorista confessa que, por ele, acabava já com o popular grupo de improviso de Portugal: Commedia a La Carte. E explica porquê. Atolado em projetos da SIC, recorda ainda a série Esperança: “Sofri bastante na caracteriz­ação”

Acabadinho­s de chegar ao Porto com o espetáculo A Divina Commedia, depois do sucesso estrondoso em Lisboa, com 18 sessões feitas e um total de 22 mil espetadore­s, no Tivoli BBVA, César Mourão, um dos mentores do trio Commedia a La Carte (com Carlos M. Cunha e Gustavo Miranda), admite pôr fim ao projeto, em conversa com a TV Guia: “Não sei se isto é uma fórmula que nunca acaba. São 23 anos ininterrup­tamente a trabalhar, com salas esgotadas. A ciência é saber sair. Todos os anos falamos nisso. Há que saber terminar. Mas o que é que acontece? As pessoas voltam. Isso é que é tramado: as pessoas não nos deixam.” O rosto de Terra Nossa, da SIC, defende que Os Commedia “não duravam mais tempo”. Só que os dois colegas “não são da mesma opinião”. As razões de César Mourão para encerrar este projeto, que é um caso de sucesso, são explicadas à nossa revista: “Há todo um tempo para as coisas. Sairíamos com um grande espetáculo, e deixaríamo­s saudade. As pessoas diriam que foi um grupo incrível de improvisaç­ão, não sei se há muitos... Talvez na música os Clã, que estão juntos há 23 anos e esgotam ininterrup­tamente.”

HORAS E HORAS A SER MAQUILHADO

Questionad­o sobre que outros projetos tem na calha, o humorista não se pode queixar da falta de trabalho (ver caixa). “Estamos a cozinhar cinema e séries para 2024, também para a Opto, fizemos Santiago com a minha produtora 313”, realça, deixando mais uma novidade, triste para muitos: “Há gente que tem esperança que haja mais Esperança [série da Opto], mas não tenho a certeza disso. Não me preocupo. Adorei fazê-los, mas não tenho saudades dos projetos que faço. Talvez os astros se alinhem para fazer, mas duvido. Aquilo deu trabalho, são horas e horas a ser maquilhado. Sofri bastante na caracteriz­ação.” ●

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O humorista e os colegas dos Commedia a La Carte: Carlos M. Cunha e Gustavo Miranda.
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