Viu a LUZ ao fundo do túnel
Saltou em poucos dias de uma depressão grave, que a fez isolar-se em casa durante dois meses, para o caos da cozinha do programa de culinária da RTP1. Fadista deixa ainda críticas à produção
Todos os concorrentes do MasterChef Portugal, na RTP1, tiveram uma motivação muito íntima para aceitar este desafio e gerar uma mudança nas suas vidas. Uns com menos, outros com mais intensidade. A fadista Carla Linhares dos Santos, de 43 anos, inclui-se no último grupo. “Francamente, estava numa fase em que precisava de arranjar um motivo para continuar. Não posso entrar em grandes pormenores, mas foi uma fase em que tinha de me agarrar a alguma coisa. Tinha descoberto algumas coisas que não me fizeram bem a nível psicológico”, conta, em exclusivo à TV Guia, acrescentando: “Por causa disso, não trabalhei durante dois meses, fiquei isolada.”
A depressão de Carla Linhares dos Santos, que a levou “a procurar ajuda psicológica”, nada teve que ver com uma rutura amorosa. “Fiquei isolada e senti necessitava de arranjar algum motivo para seguir. O MasterChef estava nos meus planos, surgiu num momento complicado de isolamento. Estive dois meses quase sem ver ninguém. A minha necessidade de fazer alguma coisa por mim, de me agarrar aos meus sonhos, foi maior do que aquilo que estava a passar”, confessa a concorrente de MasterChef.
COLADA À IMAGEM DE “ARROGANTE”
Carla Linhares dos Santos está atenta ao que passa de si na televisão e acha que o público tem dela (ainda) uma imagem errada. “Vejo a reação do público e não é a melhor. Consegue-se às vezes, com certos contextos, e até com músicas, criar uma imagem de uma pessoa arrogante ou mais ríspida”, lamenta, em jeito de crítica à produção: “Sim, é é a imagem de mim que o programa está a passar.”
A fadista de Sátão, em Viseu, reconhece que a TV vive de audiências e que, em muitos casos, se puxa pelo que pode dar mais “canal”: “Atiramo-nos para um programa, onde vamos ser expostos, e eles vão explorar características nossas. É normal. Nas entrevistas dos castings, às vezes, não é fácil conter emoções, e eles veem uns pontos nossos mais sensíveis. E isso pesa em TV.” ●