Mariza PASSADO DURO COM DIFICULDADES ECONÓMICAS
FADISTA RECORDOU OS PERÍODOS MAIS DIFÍCEIS DA SUA VIDA: FALOU DA FALTA DE DINHEIRO DA FAMÍLIA E DO SEU PROCESSO DE DIVÓRCIO, QUE MERECEU VÁRIAS CRITICAS
Mariza, de 46 anos, abriu o coração numa conversa intimista com Manuel Luís Goucha em que falou dos momentos mais marcantes da sua vida. Apesar do sucesso que tem atualmente, a fadista viveu períodos de grandes dificuldades económicas quando regressou de Moçambique com a família. Hoje em dia, não se inibe de vestir as mais conceituadas marcas de luxo mas nem sempre foi assim e recordou que o pai só “comprava sapatos na feira da ladra” e os pintava com um spray para lhes dar nova vida. O primeiro dinheiro que conseguiu poupar foi para comprar uma casa sua, em Alcântara, em Lisboa - um imóvel que ainda hoje tem. Apesar de viver de forma desafogada, garante que dá valor a tudo o que conquistou até hoje, fruto do seu trabalho.
Dois anos após ter colocado um ponto final no casamento com António Ferreira, a fadista, que acaba de lançar um novo disco dedicado a Amália, falou pela primeira vez sobre este capitulo que recorda com emoção. “Estava extremamente perdida, porque eu venho de uma educação africana, em que os divórcios não existem, mas eu achava que não fazia sentido continuar numa relação, em que as pessoas, não é que não se gostassem, mas tinham ambições e sentidos de vida opostos”, disse. Uma decisão que motivou criticas entre as pessoas mais próximas uma vez que foi a primeira da família a passar pelo processo de separação. “Eu disse à minha avó: ‘Eu vivo em Portugal. Não te vou envergonhar’”, recordou.
Foi no filho Martim, de nove anos, que encontrou o seu principal apoio e pilar para ultrapassar aquela que foi a fase mais complicada a nível pessoal.
FILHO CORREU RISCO DE VIDA
Ao longo da mesma conversa, a fadista falou sobre os primeiros meses de vida do filho que nasceu prematuro, aos seis meses de gravidez, pesando apenas 492 gramas. O bebé teve de ser operado ao coração dias após o nascimento e correu risco de vida. Durante os primeiros seis meses de vida, Martim esteve internado no hospital para desenvolver os pulmões. Ultrapassadas as dificuldades, hoje é uma criança saudável, mas os receios da fadista com a criança mantêm-se.
“ESTAVA PERDIDA PORQUE VENHO DE UMA EDUCAÇÃO AFRICANA EM QUE OS DIVÓRCIOS NÃO EXISTEM”