VOGUE (Portugal)

Frederikke Sofie

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“Sempre usei o cabelo assim, menos quando tinha 14 anos – cortei-o todo. Deixei-o crescer desde então e agora gosto de usá-lo solto e comprido, mas não o cuido muito. Até está um pouco estragado por causa do styling.” É quase impossível acreditar que Frederikke Sofie, a Rapunzel das passerelle­s, já deu uma tesourada total nos cabelos louros que, nas últimas temporadas, têm dado vida às campanhas mais cobiçadas da indústria da Moda (Céline, Chloé, Missoni, Etro) e que seduzem as lentes dos fotógrafos mais procurados. “Tem havido tantos momentos incríveis que é difícil escolher um só. Estou realmente orgulhosa do que alcancei até agora. Mas um dos melhores foi trabalhar com Steven Meisel para a capa da Vogue Italia, em agosto.”

As suas feições pré-rafaelitas apaixonam meio mundo, e agora chegou a vez da Mango, que tem na sua história as melhores modelos de sempre. Frederikke, que “já era cliente da marca há algum tempo”, está satisfeita com o resultado final. “O shooting foi muito divertido, estávamos em Marrocos e durante todo o tempo esteve imenso calor. Eu já conhecia a equipa e senti-me muito bem por ter pessoas tão criativas à minha volta. Compreende­mo-nos uns aos outros muito bem e espero que isso transpareç­a nas imagens. A coleção é realmente cool e feminina. Tenho algumas peças debaixo de olho: o vestido comprido de padrão floral que uso na campanha e o safari jacket.”

Peças para acrescenta­r a um guarda-roupa altamente cobiçado ao nível global já que, fora das passerelle­s, Frederikke é uma das preferidas pelos fotógrafos de street style. Sobre a sua pinta fora do normal, diz que tem um “estilo clássico com um twist funky. Gosto de usar peças especiais, que sejam edgy, e acrescentá-las aos meus clássicos”. O que, em termos práticos, significa que se sente especialme­nte bonita quando usa a sua “própria roupa e tenho tempo de escolher um conjunto giro para ir jantar fora à noite”.

A miúda que voltou a pôr a Dinamarca no mapa ainda só tem 19 anos, e gosta de ser ela a escolher o guarda-roupa. É giro usar peças emprestada­s, mas é ainda mais divertido construir o seu próprio look. Talvez seja isso que a torna francament­e especial, tal como as raparigas do Norte da Europa. “Acho que temos um bom olho – a nossa cultura dá-nos um bom background de estilo.” Esse olho estende-se aos óculos, quase tão famosos como ela. “Tenho uns 25 ou 30 pares… Vejo-os como um acessório permanente.” E daqui a uma década, como se imagina? “Sinceramen­te, não faço ideia. Imagino-me a fazer qualquer coisa fora da Moda, adoraria ter a minha própria concept store. A política também me interessa muito, portanto talvez me envolva nisso.” Hillary, watch your steps!

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