VOGUE (Portugal)

Encontros IMEDIATOS

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A Rolex preenche os nossos sonhos também porque junta artistas do mundo num encontro de gerações. Este ano fala português e cruza

Mia Couto e Julián Fuks.

Por Patrícia Barnabé

esde 2002 que 43 mentores, e outros tantos protégés, já se reinventar­am num encontro proporcion­ado pelo programa para as artes da Rolex, Mentor and Protégé Arts Initiative, para as Artes Visuais, Cinema, Arquitetur­a, Dança, Música, Teatro e Literatura. Entre muitos, por aqui passaram David Hockney, Martin Scorsese Álvaro Siza, Trisha Brown, Gilberto Gil, Peter Sellars ou Mario Vargas Llosa. Este ano, a marca elegeu Mia Couto para mentor de Literatura e fez apenas um pedido: "um autor de língua portuguesa… ou autora. No caso, autora não é?", graceja Julián Fuks. E todos rimos. “Eu teria preferênci­a por uma mulher e que viesse da área da Poesia…”, explica Mia Couto, “porque inevitavel­mente há uma ideia feita sobre uma relação de poder que se estabelece e, às vezes, os homens têm mais resistênci­a em ter uma relação desse tipo. Era só por causa disso”. Acabou por escolher Julián Fuks entre quatro candidatos e aqui estão os dois sentados num sofá no Hotel Valverde, na Avenida da Liberdade, e depois de um ano a trabalhar juntos, já completam as frases um do outro. “Acho que o Julián era o seu próprio processo de afirmação como escritor, já não era só afirmação de consolidaç­ão como escritor. Era, provavelme­nte, quem poderia beneficiar mais deste programa. Era um desafio também, a sua procura era alguma coisa que me parecia que eu poderia estar em melhor posição para contribuir. E porque também havia na escrita do Julián alguma coisa já resolvida, talvez precisasse mais deste

"Este ponto de partida em que se pensa que alguém tem mais experiênci­a do que o outro não existe." Mia Couto

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Mia Couto e Julián Fuks

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