O que é um Estúpido.
Se sempre quis saber o que é um estúpido, leia este texto. Por Diego Armés.
Artwork de Octavi Serra.
Toda a história da humanidade seria matéria escassa para um estudo sobre a estupidez. É que, enquanto houver mundo e seres humanos a reproduzirem-se, haverá a garantia de que uma estupidez nova nos aguarda, no futuro, ao virar da esquina, contemplando-nos à espera de nos definir e de contribuir para um fenómeno que é tão massivo quanto democrático, tão perigoso quanto ridículo, e tão natural quanto surpreendente.
De que falamos quando falamos de estupidez? O assunto não é tão simples quanto possa parecer. Uma pessoa, que é, por definição, uma entidade complexa, dificilmente será apenas estúpida; além disso, a estupidez não é uma característica que se encontre somente nas pessoas – há-a nos gestos, nas palavras, nos acontecimentos, nos atos; a estupidez existe até nos acidentes, nas coincidências, ou nas surpresas, quer sejam cósmicas ou de origem humana, sejam elas cientificamente comprovadas ou oficialmente nascidas do desconhecido e da incógnita. E será a estupidez, aquela que é humana ou que nos humanos tem origem, uma extraordinária propriedade inata ou, pelo contrário, estaremos a lidar com uma habilidade acidentalmente adquirida? Oh, questões, questões, questões e mais questões. Olhamos para este manto fenomenal que nos acompanha – e nos define – desde o princípio dos tempos e acabamos a contemplar a nossa própria ignorância. Na melhor das hipóteses, a estupidez será um universo inteiro feito de pensamentos abstratos e, em princípio, consequências concretas; na pior, será ainda mais infinito do que isso (parafraseando supostamente Albert Einstein, a quem a generalidade da Internet credita a frase “só duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana – e não há certezas acerca do universo”; a Internet credita, mas nunca se sabe, pois se há sítio onde a estupidez – e o engano, e a fraude, e a presunção – germina e floresce é precisamente na Internet, essa extensão menos regrada da humanidade).
Estúpido, do latim stupidus (stupida, stupidum). Os romanos designavam assim quem era apático, ou ficava estagnado, pasmado; stupidus era um indivíduo incapaz de agir. Não é, portanto, descabida a associação que hoje fazemos da palavra que herdámos dos latinos à imbecilidade contemporânea. Quem é estúpido hoje podia muito bem sê-lo há dois mil anos, há coisas que não mudam, mais declinação, menos declinação. Nos dias que correm, estúpido tem um vasto leque de significados. Enquanto adjetivo, que é talvez o papel que mais vezes lhe cabe – é muito usado para descrever pessoas, desde que estas não estejam presentes –, continua a significar, como na origem, algo que não tem ação, que permanece em estado de estupor, além de poder ser aborrecido, ou chato, ou, pelo contrário, exagerado, excessivo, ou ainda absurdo e disparatado. Já no papel de substantivo, a situação agrava-se: um estúpido é um alarve, um bruto, um imbecil, um néscio! Em suma, é o contrário de um inteligente. Temos, portanto, que a estupidez, a essência e combustível de quem é estúpido, é frequentemente ligada à falta de inteligência, o que é justo se atentarmos na origem etimológica do termo, mas pouco rigoroso, como facilmente se comprova se tirarmos alguns minutos para contemplar o panorama ao nosso redor. Quantos inteligentes não são capazes concretizar estupidezes?
Vamos por partes. Se recuarmos, por exemplo, até à década de 40 do século passado, encontraremos com razoável frequência termos como “idiotia”, “imbecilidade” e “oligofrenia” para descrever condições mentais de crianças. Estas condições, não sendo doenças neurológicas, eram vistas como estados ou graus de incapacidade para lidar e interpretar a realidade. Em comum, tinham a descrição de crianças de comportamento apático e intelecto pouco expedito. Com o passar dos anos, reestruturou-se a maneira de olhar para a oligofrenia, que passou a ser o termo generalista para nos referirmos ao deficit de inteligência – recentemente, e como é lógico, suavizou-se o discurso de uma maneira que evita o potencial ofensivo das expressões. Na chamada tríade oligofrénica, existem três estados: a debilidade mental, que constitui uma forma suave de deficit intelectual, a imbecilidade, em que o indivíduo tem dificuldades intelectuais moderadas, e a idiotia, em que o deficit de intelecto é mais profundo. De novo, para que fique claro: esta terminologia não deve ser utilizada – trata-se, aqui, de um ponto de situação para que possamos chegar à célebre estupidez. É que a estupidez é frequentemente confundida com estes outros termos que se referem – ou se referiam – à falta de inteligência. Num registo de ofensas pessoais, tanto se chama imbecil, como idiota, como estúpido, a alguém que, num determinado momento, desconsideramos. Mas a definição de estupidez evoluiu bastante desde a sua raiz latina e é, desde há muito, associada muito mais ao ato, ao gesto e ao pensamento deliberada, obstinada e inusitadamente errado do que a uma qualquer debilidade mental a priori da parte do seu praticante.
Talvez se torne mais fácil se pegarmos em exemplos. O psicólogo francês Jean-François Marmion, que é ainda editor associado da revista Sciences Humaines, deixou-se fascinar pelo tema da estupidez e, levado por esse fascínio, decidiu lançar-se na conceção da obra A Psicologia da Estupidez (2021). Este é um livro onde se reúnem testemunhos, entrevistas e demais contributos de diversos autores, cientistas e académicos acerca do fenómeno, sem que assome à superfície alguma espécie de pedantismo em relação ao mesmo: no fundo, todos eles (e todos nós) em algum momento foram estúpidos ou produziram estupidez – a verdade é que ninguém está isento. Nesse livro, também ele fascinante, que conta, por exemplo, com a participação fundamental de António Damásio (segundo o autor, a entrevista do conceituado académico português, especialista em neurologia e psicologia, terá sido determinante para a realização da obra), podemos encontrar diversas abordagens à estupidez – que, como se diz no início do texto, não é um assunto tão simples quanto possa parecer. Sobretudo, não é um assunto linear, de fácil definição e com fronteiras e limites bem traçados. A estupidez é um carimbo abstrato que se atribui com critérios subjetivos. Em A Psicologia da
Estupidez, encontramos uma passagem que vai ao encontro de tudo o que é dito nos parágrafos anteriores. Trata-se do texto A Tipologia dos
Estúpidos, de Jean-François Dortier, fundador e diretor do Cercle Psy e da Sciences Humaines, que parte do princípio de que “se existem formas de inteligência múltiplas, [...] deve haver também uma boa variedade de estupidez” para se lançar na descrição de “amostras representativas”: do “atrasado” ao “beauf” (simplório, labrego), dos estúpidos universais aos artificiais, do coletivo de estúpidos aos crédulos e passando pelo débil mental antes de terminar no imbecil ou idiota.
No mesmo livro, Brigitte Axelrad, professora universitária de filosofia e de psicologia, faz a pergunta que se impõe para ir mais longe na matéria: Porque é que pessoas muito inteligentes por vezes acreditam em inépcias?, que é uma questão de elevadíssima pertinência para que tentemos compreender a estupidez que nos rodeia – e de que participamos, não nos deixemos cair na tentação da sobranceria. Axelrad dá vários exemplos, de Jimmy Carter a Steve Jobs, de Albert Einstein a Stephen Hawking, todas estas figuras, que foram brilhantes em diversas áreas, acabaram em algum momento por ceder a explicações simplistas ou a crendices obscurantistas. Sobre o poder do obscurantismo, Brigitte Axelrad esclarece que “nem todas as crenças são estúpidas, [...] algumas delas são construtivas”, e dá o exemplo da crença em nós mesmos, antes de tentar encontrar uma explicação para que intelectos inequivocamente brilhantes não as questionem – às crendices – e a elas adiram. “O que constitui a maior força das crenças irracionais é que elas têm tendência a pôr-se de acordo com as nossas expectativas intuitivas”, acaba por concluir, num texto que sublinha um dos temas mais interessantes do livro. A este respeito, António Damásio parece concordar com Axelrad e acaba por fornecer algumas pistas do foro neurocientífico para justificar determinados comportamentos surpreendentes por parte de pessoas de quem não esperaríamos semelhante postura, convicção ou reação. Sim, mesmo em relação à estupidez, e por muito que os negacionistas da ciência – tais como Luc Montagnier, Nobel da Medicina em 2008 “pela descoberta do VIH” (que hoje em dia renega e desmente como se fosse uma conspiração), e cujo caso o historiador António Araújo revela e desmonta num dos capítulos de A Psicologia da Estupidez – tendam a discordar, a ciência consegue encontrar explicações. Do compêndio organizado por Jean-François Marmion emerge, acima de todas as outras, uma ideia: no que respeita à estupidez, enquanto fenómeno, e atentando a todas as suas formas, origens e manifestações, ninguém é estanque, todos vamos rodando, circulando, ocupando, ao longo do tempo ou episodicamente, lugares distintos na equação. Sim, às vezes o estúpido sou eu, e sim, isso é normal – dir-se-ia que é até saudável, se não formos muito exagerados e exuberantes na estupidez. Outro português que contribuiu para A Psicologia da Estupidez é o Jovem Conservador de Direita, personagem fictícia que se apresenta no livro como “intelectual” – o que é justo e adequado. Pertence ao Jovem uma das melhores frases de toda a obra: “Não há humanidade sem estupidez e, muito menos, estupidez sem humanidade.” Para que melhor consigamos compreender o alcance da afirmação, conversámos, não com o autor da tirada, mas antes com o organizador e mentor do livro, o próprio Jean-François Marmion.
Depois de completado este trabalho [o livro A Psicologia da Estupidez], conseguiu chegar a alguma conclusão? Por exemplo, acabou por conseguir definir “estupidez”? O livro cita o escritor francês Gustave Flaubert, que disse: “Estupidez é querer tirar conclusões.” Assim que achamos que decifrámos um fenómeno extraordinariamente complexo, o mais provável é que desatemos a dizer disparates. O estudo da estupidez é, por definição, infinito. A humildade é essencial. Muitas definições de estupidez foram eclodindo ao longo dos tempos, mas posso arriscar em duas delas, com toda a devida cautela. Objetivamente, somos estúpidos quando persistimos num erro com arrogância e agressividade, sem saber nem querer saber. Subjetivamente, a estupidez só existe aos nossos olhos: o idiota é aquele que eu julgo inferior a mim. Porém, muitas vezes, eu julgo com arrogância e agressividade, sem saber nem querer saber. Por isso, existem duas estratégias para combater a estupidez. Tentar demover alguém que está errado, tentar enriquecer o seu ponto de vista, ensinar-lhe alguma coisa... Ou mudar a nossa própria atitude, tentar julgar menos os outros, o que, mecanicamente, irá reduzir o número de idiotas do nosso ponto de vista. E então percebemos que o mais estúpido não era necessariamente aquele que pensávamos. Acrescente-se que a estupidez não é obrigatoriamente o contrário da inteligência, uma vez que há idiotas muitíssimo instruídos, cegos pela sua própria fatuidade. A estupidez é, antes, o oposto da sabedoria. E o que é a sabedoria? Citando Albert Einstein, “a inteligência resolve os problemas; a sabedoria permite evitar que eles ocorram.”
O que é que o levou a interessar-se pelo tema da estupidez? Muito simplesmente, a minha própria estupidez, que fez provocar o meu próprio infortúnio logo muito cedo ao levar-me a acusar os outros com demasiada facilidade. Cometi erros que nunca devia ter cometido, e isso irrita-me imensamente! Daí a ideia de perguntar a pessoas muito inteligentes e sábias o que pensavam, não acerca da minha estupidez, mas da estupidez humana, no geral. Como é possível que sejamos capazes do melhor, mas tantas vezes nos contentemos com o pior, quando não somos nós mesmos a provocá-lo? É para mim um enigma capital cuja exploração, como um bom filme, reúne todas as emoções, das gargalhadas às lágrimas.
No livro A Psicologia da Estupidez, muitos dos participantes e autores relacionam a estupidez, de uma maneira concreta, com comportamentos ostensivos, como o negacionismo. Considera que vivemos numa era de estupidez? Estaremos nós, humanos, a regredir, intelectualmente falando? É tentador considerar que vivemos numa espécie de era dourada da estupidez. Temos tantos exemplos na televisão ou nas redes sociais, ou simplesmente na nossa vida, no dia a dia. Porém, as coisas não são assim tão simples. Por um lado, tendemos a dar mais atenção àquilo que desperta em nós emoções negativas, aquilo que nos desgasta, o que nos enfurece, o que é, como é óbvio, o caso da estupidez (dos outros, nunca a nossa, de maneira nenhuma!). Como resultado, temos que não damos conta das pessoas mais espertas e mais sensatas. Os idiotas prendem-nos a atenção, mas tal não significa que eles sejam particularmente mais virulentos do que em qualquer outro tempo – ou, sequer, que existam em maior número. Afinal, desde a Grécia antiga que existem grandes pensadores que acham que nunca antes existiram tantos idiotas. Isto é, indivíduos que eles consideram inferiores às suas veneráveis pessoas. Por outro lado, somos todos mais alfabetizados globalmente, e nunca antes tivemos um acesso tão facilitado a todas as formas de expressão, a todas as culturas, a todas as opiniões. Torna-se difícil saber o que pensar, mas esse é o preço a pagar por nos afastarmos daquela certeza arrogante que é uma das pedras angulares da estupidez. E, no entanto, nunca nós estivemos tão preocupados com os destinos de perfeitos estranhos que vivem do outro lado do planeta. Ainda que nem tudo seja perfeito, muito longe disso, nunca antes denunciámos tanto o racismo, o sexismo, a violência sexual, ou a poluição, que há um par de décadas tendíamos a ignorar ou a considerar normal. Inteligência, cultura e dilemas éticos estão instantaneamente ao nosso alcance. Mas a estupidez também. Cabe a cada um fazer as suas escolhas.
O que é que pode levar uma pessoa inteligente e instruída a tornar-se estúpida? Primeiro que tudo, a rotina. A reflexão e a dúvida exigem uma grande quantidade de tempo, mas também de energia. Se estivéssemos continuamente a pensar, sentiríamos que estávamos a fazer um exame durante um dia inteiro, o nosso corpo ficaria exausto. Por isso, pedimos atalhos emprestados com base em estereótipos, erros de raciocínio, complacência, com tanta frequência quanto possível. Este é o nosso modo normal de operar,
e esquecemo-nos bastante disso. Acrescente-se a isto que encontramos sempre mais desculpas para nós mesmos do que para os outros, e que só retemos aquilo que confirma as nossas opiniões, e vamos perceber que, muito frequentemente, não fazemos realmente grandes esforços intelectuais exceto quando a situação assim o exige. Em segundo lugar, outro fator-chave para a estupidez é a nossa tendência para ignorarmos as opiniões, as visões, a emoção, o desejo, a dignidade da vasta maioria das pessoas à nossa volta. Estamos concentrados em nós próprios, na nossa vaidade, no nosso ego, e muitas vezes é preciso um esforço real para termos noção de que podemos estar a magoar outros, ou que podemos estar errados. Mas, obviamente, poderíamos listar uma série de outros ingredientes: dar a volta à estupidez tão rapidamente, isso seria bom demais para ser verdade.
Então e a estupidez natural, ela existe? Se sim, de que modo? É possível descrevê-la? Ninguém nasce estúpido. Na pior das hipóteses, uma pessoa pode sofrer de uma deficiência mental, mas não é estúpida. Nascemos com cérebros literalmente programados para explorar e se adaptarem a rostos, relações humanas, ambientes, situações, prazeres e ameaças. No nosso tempo e na nossa cultura, a infância e a adolescência representam um enorme campo de exploração por causa da aprendizagem infindável na escola, no seio da família, e através da brincadeira. Uma vez que os pais nos providenciam o sustento, nós não temos literalmente nada mais para fazer com a nossa vida. E todos nós provavelmente vamos aprendendo ao longo da vida, enquanto vamos envelhecendo, quer seja uma língua, um instrumento, ou outras maneiras de pensar. Em teoria, estamos perfeitamente equipados para escapar à estupidez.
Em A Psicologia da Estupidez, podemos encontrar diversos testemunhos e colaborações de personalidades portuguesas. Porque é que surgem tantos portugueses no livro? Que tipo de relação o Jean-François tem com Portugal e com a cultura
portuguesa? Há anos que ando a planear visitar Portugal, e se eu fosse menos estúpido fá-lo-ia finalmente, tal é o quanto eu ouço dizer que é um país lindíssimo. Com a editora [Desassossego], concordámos que seria bom que contribuidores portugueses enriquecessem o livro. Na versão original, a francesa, só havia uma contribuição portuguesa no livro, a de António Damásio – porém, o seu papel foi decisivo: ele foi o primeiro a concordar com a participação no projeto, e ele tem tanto prestígio que a minha editora em França não poderia declinar a concretização do livro. Foi António Damásio quem me fez querer tornar-me neuropsicólogo quando eu ainda era estudante. Depois, enquanto jornalista, tive oportunidade de me cruzar com ele várias vezes. Ele é extraordinariamente inteligente, humilde, e aprendeu a falar francês com os livros do Tintin! Ele é um dos maiores psicólogos do mundo, sinto-me infinitamente honrado por ele ter confiado em mim. O meu livro fala sobre estupidez com e para pessoas espertas com sentido de humor.
Importa-se que acrescente uma última pergunta? Sinto que falta... não diria uma “estúpida”, mas falta aqui pelo menos uma pergunta palerma. Porque o assunto é complexo e vasto, e eu gostava de saber do que é que estamos a falar quando
falamos de estupidez. Que tal esta: “De que é que estamos a falar quando falamos de estupidez?” De que é que estamos a falar quando falamos de amor? De amor à primeira vista, da ternura de um casal de velhotes, do amor pelos nossos filhos, por Deus, por uma equipa de futebol, por um trabalho bem feito, por um bom vinho? Ninguém sabe, porém, dependendo do contexto, todos sabemos. Com a estupidez acontece o mesmo: podemos falar nela quer seja para nos referirmos a falhas de razoabilidade ou para abominações cometidas sem escrúpulos, serve para a complacência da ignorância da mesma maneira que encaixa na arrogância dos pedantes, para a credulidade do mesmo modo que para a bebedeira coletiva cujo todo vale menos do que a soma das partes. Mas, no momento em que falamos dela, sabemos do que é que estamos a falar. Também podemos dizer que o ponto comum a todas as formas de estupidez é a sensação amarga do desperdício. Gostávamos de reconhecer no nosso vizinho outro “nós próprios”, gostávamos que a tecnologia fosse sempre bem utilizada, que os presidentes e os eleitores fossem razoáveis, que a liberdade de expressão resultasse sempre em discursos interessantes, mas não, a estupidez estraga tudo. E às vezes apercebes-te de que também tu és estúpido! Desapontas-te a ti mesmo, e isso é ainda mais doloroso. ●