Volta ao Mundo

Fábrica de chocolate Wonka Não é fácil arranjar

Chocolatie­r

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AFábrica de Chocolate Wonka, cinquenta vezes maior do que qualquer outra no mundo, ergue-se acima do perfil da cidade, como uma grande catedral. Chegou a ser o maior empregador local, até que um caso de espionagem industrial motivou um despedimen­to coletivo e o encerramen­to da empresa. Hoje produz como nunca e o génio criativo de Willy Wonka está de volta. Cruzados os grandes portões, chega-se ao paraíso dos lambões. A temperatur­a é elevada, adaptada ao ambiente a que estão habituados os operários – de etnia umpa-lumpa, da Lumpalândi­a. Apesar do ar feliz e das aparentes boas condições de trabalho, estes pigmeus são pagos em cacau e nunca ninguém os viu sair da fábrica, motivos de sobra para desconfiar de que o senhor Wonka não só lançou meia cidade no desemprego como recorre a mão-de-obra escrava. Desaconsel­ha-se a visita aos paladinos dos direitos laborais e humanos e defensores dos animais (as natas são batidas por chicote e as nozes escolhidas por esquilos). Feitas as exclusões, é difícil o visitante não se maravilhar. Há uma sala onde tudo é comestível: macieiras que dão maçãs carameliza­das, um rio de chocolate – e um barco de açúcar para navegar nas suas «águas». Em 2016, assinala-se o centenário do nascimento do escritor galês Roald Dahl – autor de Charlie e a Fábrica de Chocolate (1964), entre outras histórias. Na Grã-Bretanha haverá, até ao final do ano, diversas iniciativa­s para celebrar a efeméride (roalddahl.com).

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