Uma outra questão de género
BACHATA DOMINICANA
Adefinição de um estilo musical pode ser um exercício complexo. No caso da bachata, é terreno particularmente pantanoso. Mais do que a determinação dos elementos que a distinguem, a discussão sobre a canção nacional dominicana centra-se num aspeto muito mais amplo: será, de facto, um estilo musical? Assumindo, a bem da síntese, que sim, importa enquadrar: a bachata parte do son e do bolero, géneros cubanos trazidos porp uma vagag de migrantes em fuga da Guerra da Independência de Cuba, , e adotados nas áreas rurais por músicos de ouvido. Com o fim da ditadura militar de Trujillo em 1961, o êxodo dos campos levou a canção em transformaçãoação para as cidades, mais concretamente para os bairros pobres, onde absorveu orveu temas como a delinquência, a prostituição, a pobreza, os desamores. No meio de tudo isto, não deixava de haver música, e festas de rua musicadas, cantadas, dançadas, às quais se chamava «bachatas» – hoje há quem continue ue a defender ser esse o único significado da palavra. Género ou não, a bachataata diversificou-se e ganhou fama internacional (e aceitação interna) graças a Juan Luis Guerra e ao disco Bachata Rosa (1991). Mas até isso tem discussão: embora amplamente reverenciado, Guerra não é aceite pelos puristas como músico úsico de bachata. Em caso de dúvida, o melhor é dançar e não fazer perguntas..