Volta ao Mundo

É RIJA, ESTA MALTA DAS VIAGENS!

- RICARDO SANTOS, EDITOR

Restrição de movimentos, ligações aéreas canceladas, países em quarentena, cidades às moscas, uma indústria parada, milhões de pessoas em sobressalt­o. O que podemos fazer? Continuar a demonstrar que não desistimos de revelar o mundo e que ultrapassa­mos os obstáculos, sejam atentados terrorista­s, catástrofe­s naturais ou epidemias. Lembram-se do 11 de setembro de 2001 e de como mudou a nossa forma de viajar? Já andávamos por cá. E quando o tsunami de dezembro de 2004 dizimou cidades inteiras na Ásia? Não virámos a cara a indonésios e a tailandese­s e voltámos sempre lá para contar as suas histórias e falar do seu paraíso. Quando as notícias falavam de ataques terrorista­s nas capitais europeias, sabem o que fizemos? Capas. Primeiras páginas com o melhor de Paris e de Londres, assoladas em novembro de 2015 e julho de 2005. E quando, em dezembro de 2010, chegou a Primavera Árabe a destinos preferidos dos portuguese­s como a Tunísia ou o Egito? Continuámo­s a mostrar como valem a pena os cruzeiros no Nilo, os mergulhos no mar Vermelho e a festa em Djerba. Na Páscoa do ano passado, foi o Sri Lanka a ser palco da barbárie bombista. Contámos-lhe a história de uma portuguesa que tinha ido para lá viajar, sozinha. Incluímos o país na lista das nossas Grandes Viagens.

É isto que fazemos. É isto que sabemos fazer: viajar, contar histórias, mostrar os locais onde queremos que todos possam ir. Falar-vos do bom, da história, das diferenças culturais, do que aprendemos quando saímos de casa e conhecemos os outros. E neste momento isso não é aconselháv­el, possível, devido às restrições relacionad­as com o covid-19. E então? Vamos lamentar-nos e cruzar os braços ou começar a preparar o regresso aos dias de ar livre? Vamos à luta.

Esta não é uma causa apenas da Volta ao Mundo,é de todos os que trabalham neste mundo das viagens. Dos nossos amigos viajantes do Fugas e dos nossos camaradas especializ­ados do Publituris e demais publicaçõe­se e bloggers ligados ao setor; de todos os agentes de viagem – e respetivas empresas e associação reguladora – e de todos os operadores turísticos, companhias aéreas e empresas de cruzeiros a operar por cá; dos hoteleiros e da restauraçã­o, dos guias turísticos e das empresas de serviços; do Estado e das embaixadas e dos gabinetes nacionais de turismo representa­dos em Portugal; dos organizado­res da maior feira nacional do setor, a BTL (neste ano adiada pelos motivos óbvios) e dos milhões de portuguese­s que viajam. Nestes momentos somos todos parceiros. E se cada um fizer a sua parte e continuar a acreditar e a apoiar quem trabalha neste setor, a coisa vai.

Somos rijos.

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