Leonel de Castro PACTO LUSO-ALEMÃO
Um dos mais experientes fotojornalistas portugueses é homem que nao vive sem viajar. Num dia de agosto do ano passado, no Quénia, fez esta foto. E conta-nos como foi.
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Estávamos no Parque Natural Masai Mara, logo pela madrugada quando fomos brindados pela passagem de uma manada de elefantes, um dos cinco grandes, muito perto da tenda onde tínhamos acampados.” E há sempre uma boa história por trás de cada imagem deste fotojornalista português da Global Imagens, ligado ao Jornal de Notícias desde 1996. Leonel recorda que “enquanto o sol nascia, balões de ar quente levantavam nas planícies do parque, carregados de turistas coreanos e americanos”. E esta é uma das imagens de marca do seu trabalho e do seu posicionamento no terreno – trazer uma história, um pormenor e, até mesmo, uma lição de vida.
É essa postura que levou a que, também em 2019, tenha sido o primeiro, em dez edições do festival Estação Imagem, a ser premiado com as mais importantes distinções do evento. Recebeu o Prémio Estação Imagem 2019 Coimbra com a reportagem Almas, focada no papel dos cuidadores informais, gente que abdica de si para cuidar de quem ama. Quanto à Fotografia do Ano, levou-a com Mulher Berber, um momento na vida das mulheres muçulmanas em Marrocos. Leonel de Castro é alemão de nascimento, numa família portuguesa. Alemão da antiga RFA, mas com o corpo, a alma e a inspiração em Lavandeira de Ansiães, no nordeste transmontano. É licenciado em Comunicação Social pela Escola Superior de Jornalismo, tem o curso de Fotografia na Escola Superior Artística do Porto e uma carreira invejável no fotojornalismo português. A versatilidade e a audácia no terreno podem ser notadas em reportagens de questões sociais, como nos eventos de agenda ou conferências de imprensa. No campo das viagens não lhe são estranhas as aventuras com a Volta ao Mundo. Nesta edição, éo fotógrafo em destaque na sua revista de viagens. Este seu momento numa das reservas de vida selvagem mais bonitas do planeta continua a fazer-nos sentir lá, na savana africana. Como se fosse agora madrugada e o sol estivesse a nascer. Saiba mais em leoneldecastro.com