25 alimentos sobrevalorizados
Não se deixe levar pelos alimentos da moda. Não existem produtos milagrosos e todos têm um senão que deve conhecer.
01/ Iogurte baixo em gordura
“Iogurtes pouco calóricos de sabores podem ser uma alternativa para muitos mas, por terem adoçantes, podem provocar sintomas em quem tem síndrome do intestino irritável (nomeadamente o sorbitol, xilitol, frutose e agave)”, alega Sara Moreira. “Se sofre desta condição, leia sempre o rótulo antes de consumir estes iogurtes e se possível opte pelos naturais”, remata.
02/ Xarope de agave
Visto como alternativa mais pobre em açúcares, “o xarope de agave tem vindo a ganhar popularidade no mercado de produtos saudáveis e orgânicos derivado às suas interessantes propriedades nutricionais e baixo índice glicêmico, diz Andreia Nascimento que alerta, no entanto, para a elevada concentração de frutose (70-90%) que tem sido associada a efeitos adversos na saúde humana”.
03/ Gomas vitamínicas
Diz Pedro Silva que esta é “uma maneira cara (e açucarada) de ingerir micronutrientes. É mais um produto que promete algumas coisas, mas que não há evidência dos seus benefícios. Antes sequer de se pensar suplementar, há que averiguar se existe deficiência. E, se sim, suplementar unicamente o nutriente em défice”.
04/ Brownies sem açúcar
Não se deixe levar pelo marketing… ‘light’, ‘sem açúcar’ ou ‘baixo em calorias’ são rótulos que não pressupõem necessariamente que um alimento é aconselhável e deva ser consumido sem descrição. Se o brownie em questão for bastante doce… já parou para analisar o rótulo nutricional para ver o que substitui o açúcar?
05/ Soja desidratada
Como descreve Inês Rebelo, este “é um alimento que substitui a carne, dado o seu elevado teor de proteína, de minerais e vitaminas A e C”. Mas atenção: “nem todas as pessoas podem consumir este alimento, como o caso de quem apresenta alergia à soja e quem tem baixa ingestão de iodo, devido à possível interação com as hormonas tiroideias. Sendo este um produto altamente processado, o seu consumo deve ser moderado”, remata.
06/ Bolachas de milho
A nutricionista Sara Moreira garante que “as bolachas de milho são das bolachas mais saudáveis por não apresentarem açúcar, serem estaladiças e aptas inclusive para celíacos. Mas cuidado, porque nem todas são iguais! Algumas contêm óleo de girassol e emulsionantes – evite estas e opte pelas que contém apenas milho e sal (em pequena quantidade) na sua composição.”
07/ Molhos para saladas
Apresentam-se como saudáveis mas, como alega a nutricionista Andreia Nascimento, “são, na grande maioria das vezes, produtos altamente processados e industrializados ricos em sódio, aditivos alimentares como os edulcorantes, conservantes, corantes e espessantes e ainda gorduras saturadas”.
08/ Tapioca
É vista como uma opção para pequenos-almoços mais “fit”. “Mas a tapioca não tem nada de extraordinário do ponto de vista nutricional: é apenas amido. Mesmo a nível de micronutrientes, estes são bastante escassos. Por ser uma fonte de hidratos de carbono, deve ser complementada por algum alimento proteico para se tornar numa refeição equilibrada”, diz Pedro Silva.
09/ Sumo de raízes
Gengibre, açafrão, beterraba e outros podem ser fontes concentradas de nutrientes que combatem a inflamação – mas esteja atento a outros ingredientes presentes no sumo, pois é provável que tal bebida seja rica em açúcares.
10/ Coco
“É um fruto enriquecido com sais minerais, como cálcio, magnésio, zinco, ferro, selênio, manganês, fósforo e potássio, é fonte de vitaminas A, B, C e E, antioxidantes (flavonoides) e muitas fibras” enumera Inês Rebelo que alerta para o facto de este alimento ser vendido como melhor opção que muitos outros (bebida de coco em vez de leite de vaca ou óleo de coco em vez de azeite) e estas podem nem sempre ser as melhores opções ao seu caso.
11/ Kombucha
“A kombucha é para muitos um “elixir de saúde”, mas apenas um estudo científico analisou os seus benefícios para a saúde em humanos – mais concretamente em diabéticos que melhoraram os seus níveis de açúcar no sangue durante 3 meses”, salienta Sara Moreira, que reconhece que não há grande veracidade em certos benefícios associados a esta bebida (como redução de hemorroidas ou nervosismo), que não foram verificadas em humanos.
12/ Café
Embora vários estudos apontem o potencial desta bebida na promoção da saúde, também se aponta o risco de aumento de doenças cardiovasculares e aumento da pressão arterial. É por isso que Andreia Nascimento aconselha a que a ingestão de café seja feita “na quantidade adequada para proporcionar benefícios ao nível da saúde”.
13/ Granola de aveia
“Vista com melhores olhos que outros tipos de cereais de pequeno-almoço, as granolas comercializadas, na verdade, não são assim tão diferentes”, lamenta o nutricionista Pedro Silva. “A maioria contém uma quantidade bastante significativa de calorias e de açúcar. Nada melhor que criarmos a nossa própria granola, com ingredientes de qualidade”, remata.
14/ Sopa enlatada
Sempre que possível, opte por alimentos confecionados em casa e evite os processados, que contam com elevados níveis de corantes e conservantes. Há opções à venda já prontas a consumir que podem ser interessantes, mas há que confirmar a lista de ingredientes da mesma.
15/ Barras proteicas
Embora seja uma opção rápida e viável, a nutricionista Inês Rebelo alerta para a necessidade de atentar a lista de ingredientes e tabela nutricional. “Muitas barras que existem no mercado possuem níveis elevados de açúcar ou gordura. Além disso, o consumo excessivo destas barras poderá ter efeito laxante ou desregular a microbiota intestinal”.
16/ Guaraná
“Quando pensamos em guaraná, pensamos em refrigerantes e bebidas energéticas, uma bebida rica em antoxidantes mas que contém também cafeína. Por esse motivo, pode aumentar o estado de ansiedade e nervosismo, insónias e piorar a doença do refluxo gastoesofágico em algumas pessoas”, alega Sara Moreira.
17/ Pão proteico
Alimentos com um elevado teor em proteína fornecem uma sensação de saciedade e controlo de apetite o que, de forma indireta, pode influenciar o processo de emagrecimento. Mas tal como acontece com qualquer opção de pão, os seus benefícios dependerão sempre do rótulo do produto em questão, como realça Andreia Nascimento. Não se deixe levar pelo marketing e analise sempre o rótulo do produto a adquirir.
18/ Óleo de coco
Apesar de ter na sua constituição quantidades interessantes de ácidos gordos de cadeia média, “86.5% da gordura presente no óleo de coco é gordura saturada”, alerta Pedro Silva, referindo-se ao “tipo de gordura que, se ingerida em excesso, pode deteriorar a nossa saúde”.
19/ Salmão de viveiro
A piscicultura intensiva não só é prejudicial para a vida marinha, como também é mais provável que o salmão de viveiro contenha produtos químicos nocivos. Procure informar-se sobre a origem do peixe que consome.
20/ CBD Comestíveis
O canabidiol (CBD) é uma substância química proveniente de cannabis sativa. “Apesar de demonstrado e aceite pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), a presença e a utilização desta substância química na alimentação, por ter efeito antioxidante e anti-inflamatório, também refere que este produto não apresenta propriedades de profilaxia ou tratamento de doenças”, alega a nutricionista Inês Rebelo.
21/ Cenouras cruas
As cenouras cruas são um lanche saudável e conveniente, contudo, tudo em excesso faz mal. Comer muitas cenouras cruas pode até alterar a cor da sua urina e da sua pele, devido ao pigmento amarelo das cenouras, o caroteno – um precursor da vitamina A”, alerta a nutricionista Sara Moreira.
22/ Muffins de pequeno-almoço
Andreia Nascimento reconhece que “existe uma variedade enorme de muffins disponível para compra entre doces e salgados”. Mas “não é por um muffin apresentar um baixo valor calórico, ou uma baixa quantidade de açúcares que é considerado uma alternativa saudável. Quanto maior for a lista de ingredientes desse mesmo muffin, mais processado é o produto”.
23/ Sal dos Himalaias
É “mais rico em alguns minerais que o sal branco”, diz Pedro Silva que alega, no entanto, que esta não deve ser uma fonte de micronutrientes, diz, justificando que este sal apresenta uma menor quantidade de sódio, contudo, não é uma diferença significativa para a quantidade de sal utilizada para tempero”.
24/ Chocolate negro
Sim, qualquer nutricionista dir-lhe-á que a melhor opção de chocolate será sempre aquela com maior percentagem de cacau. Mas tal não significa que o chocolate negro seja um alimento a consumir sem limite de doses. Um quadradinho após a refeição, ótimo. Uma tablete grande a cada noite…
25/ Moringa
A moringa, vulgarmente designada como acácia-branca, não é uma planta muito utilizada em Portugal, mas é possível encontrá-la sob a forma de chá ou em pó. Apesar de nutricionalmente rica e com efeitos antioxidante e anti-inflamatório, para garantir os seus benefícios “é necessário ingerir pelo menos 100g do produto, existindo outros alimentos nutricionalmente mais interessantes e com consumo menor”, diz Inês Rebelo.