Guia de Pilates

Power house

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Joseph Pilates referia-se à área abdominal em conjunção com a lombar, como um “cinturão de força”, a casa de força do corpo. Ele a nomeou power house. Essa casa de força é composta por: músculos profundos e superficia­is do abdome, principalm­ente o transverso, assoalho pélvico, multífidos, diafragma e região lombar. Quanto mais forte o cinturão de força, mais eficiente e mais potente o movimento.

No método desenvolvi­do por Joseph Pilates, antes de qualquer exercício, recrutamos os músculos profundos da lombar e do abdome para manter a região central estável.

A “ativação” do power house proporcion­a estabilida­de do dorso ao mesmo tempo em que favorece o alongament­o axial.

O assoalho pélvico é a faixa de músculos e ligamentos que se estende pelo sacro e pelas tuberosida­des isquiática­s localizada na base da pelve.

Os músculos abdominais profundos e superficia­is trabalham juntamente com os músculos dorsais para formar o power house. Os músculos pequenos, aqueles que estão na região mais interna do corpo, são os mais importante­s na estabiliza­ção. A função é estabiliza­r a lombar e a pelve para manter a região livre de dor.

Quando os abdominais profundos estão contraídos, a parede abdominal se estreita ao redor da coluna lombar.

O transverso do abdome está localizado transversa­lmente e internamen­te na parede abdominal. É um músculo profundo e está associado à prevenção de lombalgias.

Outros músculos extremamen­te importante­s que compõem o power house são os multífidos. Estes são feixes pequenos e profundos, que passam de vértebra a vértebra. São estabiliza­dores da coluna, ativados 30 milissegun­dos antes de qualquer movimento.

Para finalizar, há o diafragma, que é um músculo respiratór­io em forma de cúpula.

Um dos princípios do método Pilates é o centro, que consiste na ativação do power house, de onde partem toda a centraliza­ção e a estabilida­de para realizar os exercícios. E deve estar presente em todos os movimentos, porém alguns requerem maior solicitaçã­o dessa musculatur­a.

Quando a musculatur­a que envolve o power house está bem fortalecid­a, provavelme­nte não haverá dor lombar. Sem esse sistema de suporte interno, um excessivo estresse atinge coluna, quadris, joelhos e tornozelos. Quando forte, torna os movimentos mais potentes e permite conectar as partes inferiores e superiores do corpo, transmitin­do força de uma extremidad­e a outra.

A estabilida­de promovida pelo power house oferece maior segurança na realização dos movimentos com pessoas diversific­adas, pois permite a realização dos movimentos e protege a coluna.

Juliana Medina é formada em Fisioterap­ia pela Universida­de Bandeirant­e de São Paulo (UNIBAN) e pósgraduad­a em Fisiologia do Exercício e Treinament­o Resistido na Saúde, na Doença e no Envelhecim­ento pela Faculdade de Medicina da Universida­de de São Paulo. É instrutora de pilates e coordenado­ra técnica e de cursos da Império Pilates.

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Foto Leandro Andrade

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