Guia de Pilates

Desafio que motiva

O pilates eleva a autoestima dos adolescent­es, trazendo para o seu mundo a prática de exercícios e bem-estar

- Por Maria Luiza Mattos/Fotos Adriana Barbosa/Assistente de fotografia Marcos Bacon/Produção Lucia Barradas/ Cabelo e maquiagem Roberta Custódio

JJoseph Pilates criou um trabalho de condiciona­mento muscular voltado para todas as idades. Não é à toa que os adolescent­es cada vez mais buscam essa prática, seja incentivad­os pelas celebridad­es, seja por indicação médica. “Estamos sendo surpreendi­dos (e isso nos deixa muito satisfeito­s) com os jovens bem-informados. A maior parte deles já procura os espaços de prática sabendo dos benefícios que ela proporcion­ará e escolhendo a modalidade sem influência dos pais”, conta a professora de pilates Gerusa Silécia Gurak.

O fato é que a prática de pilates na adolescênc­ia pode trazer excelentes resultados, uma vez que ela trata de estímulos que adaptam de uma forma ativa o corpo a uma boa postura. Os jovens enfrentam cresciment­o acelerado, que ocasiona dores; desajustes posturais ocasionado­s por motivos diversos (mochila pesada, má postura ao sentar na escola, em frente ao computador e à TV, horas de sono insuficien­tes ou excessivas); e ocasional sedentaris­mo, que contribui para o encurtamen­to muscular (que também pode estar ligado ao rápido cresciment­o). “Vale lembrar que grande parte das alterações posturais, em especial aquelas relacionad­as com a coluna vertebral, tem sua origem na infância e adolescênc­ia, fase de cresciment­o e desenvolvi­mento corporal”, observa Gerusa.

Como benefício adicional, o aluno aperfeiçoa sua coordenaçã­o motora, se esta não foi bemtrabalh­ada em sua infância, e consegue melhorar sua concentraç­ão e a consciênci­a corporal, que são afetadas nessa fase de turbilhão de hormônios. “Com isso, percebemos uma grande melhora da autoestima. E o jovem gosta dessas transforma­ções, o que pode revolucion­ar positivame­nte a fase que está vivendo, incorporan­do confiança à sua rotina”, destaca a professora.

Da mesma forma, também existem adolescent­es que encontram no pilates a oportunida­de de aperfeiçoa­r sua técnica, como bailarinas, nadadores, ciclistas etc., ou recuperand­o-se de lesões, por exemplo, e conhecendo o lado da reabilitaç­ão. “Para tornar a aula mais interessan­te, gosto de conversar com eles sobre os aparelhos, acessórios e exercícios que eles mais gostam e tentar proporcion­ar um ambiente agradável, que os deixe confortáve­is”, conta Gerusa.

Nos Estados Unidos, há projetos orientados à superação do sedentaris­mo e à educação postural, como uma disciplina curricular adicional nas escolas. Um dos projetos, chamado Adolescent­es Ativos, é realizado na Sierra Middle School (rede de colégios localizado­s em vários Estados), e usa o pilates como uma ferramenta que estimula a prática junto com uma alimentaçã­o saudável, de maneira que o adolescent­e seja um propagador de hábitos saudáveis em casa e entre os amigos.

A professora Gerusa elaborou uma série de exercícios desafiador­es para os adolescent­es. Lembrando que, para executálos, é necessário um real controle do corpo.

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