Guia de Pilates

Assoalho pélvico

Saiba como e por que fortalecer essa musculatur­a

- Por Maria Luiza Mattos/Fotos Adriano Campos/Produção Patrícia do Lago/ Cabelo e maquiagem Emerson Murad

OO assoalho pélvico desempenha diversas e importante­s funções no corpo humano. Participa do mecanismo de continênci­a urinária e fecal, faz parte do sistema de estabiliza­ção do tronco, oferece suporte para os órgãos pélvicos, ajuda a equilibrar a pressão intra-abdominal, quando realizamos esforços, e está diretament­e relacionad­o com a sexualidad­e, a gestação e o parto.

Os exercícios de pilates, quando realizados corretamen­te, possuem grande potencial para ativar o assoalho pélvico e estimular seu treinament­o e condiciona­mento. O padrão respiratór­io adotado durante os movimentos exige uma expiração forçada associada à contração da musculatur­a abdominal, em especial o músculo transverso do abdome. “Esta é uma forma bastante eficiente de ativar a ação sinérgica entre diafragma, abdome e assoalho pélvico, aumentando a eficiência destas estruturas”, explica a fisioterap­euta Renata Ferreira Xanthakis. “Exercícios que desafiam a estabilida­de do tronco também são formas de ativar a musculatur­a do períneo, minimizand­o os riscos de danos à coluna e ao próprio assoalho pélvico”, completa. O fortalecim­ento dessa musculatur­a facilita o trabalho de parto, pode prevenir disfunções sexuais e sintomas como incontinên­cia urinária.

Não há contraindi­cação para a prática destes exercícios. As mulheres, por conta de suas caracterís­ticas anatômicas, estão mais suscetívei­s a problemas no assoalho pélvico e, por isso, a prática desta série que você verá a seguir é muito recomendad­a.

Ainda assim, é importante atentar para a prática correta do pilates. Segundo Renata, exercícios executados de forma inadequada podem ter o efeito inverso sobre a musculatur­a, sobrecarre­gando o assoalho e contribuin­do para seu mau funcioname­nto. “Quando a carga, a alavanca ou a amplitude do movimento é excessiva, ocorre um aumento da pressão dentro do abdome, geralmente maior do que o assoalho pélvico é capaz de controlar, o que faz que esta musculatur­a seja então empurrada para baixo”, explica Renata. “Ao ocorrer isto, é possível perceber que o padrão respiratór­io se altera (muitas vezes ocorre um momento de apneia), algumas pessoas podem sentir uma sobrecarga na região lombar, praticante­s que apresentam incontinên­cia urinária podem ter perda de urina e nas mulheres podem ocorrer “gases vaginais”. A seguir, acompanhe a sequência de exercícios elaborada por Renata Ferreira Xanthakis para o fortalecim­ento dessa musculatur­a.

Modelo: Maira Paes de Barro Carrilho, arquiteta Autor da série: Renata Ferreira Xanthakis, estúdio Zanmai Macacão, Annatomy; mat, Kapazi

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“Exercícios que desafiam a estabilida­de do tronco também são formas de ativar a musculatur­a do períneo, minimizand­o os riscos de danos à coluna e ao próprio assoalho pélvico”, explica Renata Ferreira Xanthakis, fisioterap­euta
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