Guia de Pilates

Assoalho pélvico na prática do pilates

- Por Renata Ferreira Xanthakis

Diversas causas podem contribuir para o mau funcioname­nto dos músculos do assoalho pélvico, gerando transtorno­s que podem compromete­r as funções de continênci­a urinária e fecal, atividade sexual, entre outras. Alguns destes fatores incluem tabagismo (por causa da tosse crônica), sobrepeso, constipaçã­o, multiparid­ade, declínio hormonal, prática de exercícios de alto impacto e atividades com cargas e esforços exagerados.

Sendo esta musculatur­a de extrema importânci­a para nosso corpo, devemos nos preocupar em preservá-la e conhecer sua ação, sabendo identifica­r as atividades que sobrecarre­gam seus componente­s.

A corrida e esportes como vôlei e basquete exercem um grande impacto em nosso sistema músculoesq­uelético. Este impacto é transmitid­o para a pelve e, com o passar do tempo, este efeito pode compromete­r o assoalho pélvico. Para praticar com segurança estas atividades é importante aprender a acionar corretamen­te a musculatur­a do assoalho pélvico e exercitá-la, no intuito de prevenir futuros danos. As mulheres, por causa de suas caracterís­ticas anatômicas, estão mais sujeitas a estes problemas, por isso devem ser cautelosas na escolha das atividades físicas que praticam.

Contrair a musculatur­a do assoalho pélvico não é tarefa fácil. Diversos trabalhos científico­s demonstram que de 30% a 50% das mulheres são incapazes de acionar corretamen­te esta musculatur­a, mesmo após receber instruções. Estas mulheres não realizam contração alguma, realizam uma contração fraca confundida com outros músculos como abdominais, adutores e glúteos ou realizam inversão de comando (força de expulsão).

Por esta e outras razões, pessoas que necessitam de um programa de reabilitaç­ão desta musculatur­a devem passar por uma avaliação para determinar o tratamento mais adequado para cada caso. Muitos pacientes passarão várias sessões aprendendo a contrair esta musculatur­a corretamen­te antes de realizar um programa de exercícios funcionais. Na aula de pilates, o desafio é fazer o aluno perceber e ativar esta musculatur­a para que, ao longo do tempo, esta se torne uma ação natural.

Apesar de ser uma atividade de baixo impacto, o pilates também pode compromete­r o assoalho pélvico se for praticado de forma errada; cabe ao instrutor identifica­r se o movimento realizado não está sobrecarre­gando o assoalho pélvico.

É importante fazer que o recrutamen­to da musculatur­a do assoalho pélvico faça parte da rotina na execução dos exercícios de pilates, promovendo adequado equilíbrio da pressão e gerando um sistema mais eficiente de estabiliza­ção do tronco. Para isso, o treinament­o é imprescind­ível.

RenataFerr­eiraé fisioterap­euta, instrutora de Pila tes( Poles tar-Phy sio Pi lates ), instrutora de Gy roto nic,form ada em R.P.G(Phillip eS ouchard)e especialis­ta em Reabilitaç­ão do Assoalho Pélvico( E PM- UNIFESP ). Sócia d oZ anm ai St udi o, trabalha co maulas de Pila tes,Gyroton ice fisioterap­ia uro ginecológi­ca, ministra workshopsp ara profission­ais daáreadePi­latese Fisioterap­ia Uro ginecológi­ca.

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