Guia Minha Saúde

Na mira do Alzheimer

Apresentar um ou mais fatores de risco para a doença não significa que você vai tê-la, apenas que deve ficar mais atento

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Quando o assunto é fator de risco para Alzheimer é preciso esclarecer duas coisas: primeiro, que existem muitas variáveis e, segundo, que apresentar uma, duas ou três delas não significa necessaria­mente que a pessoa vá ter a doença. Dito isso, o neurologis­ta Diego Salarini, do Hospital Leforte, em São Paulo, lembra que boa parte dos fatores de risco pode ser controlada. É o caso da hipertensã­o arterial, da qualidade da alimentaçã­o, da redução de gordura na região abdominal e da melhora nos níveis de escolarida­de e de homocisteí­na, um aminoácido produzido após a digestão de carnes e derivados do leite que, em grandes dosagens, pode levar à demência.

Já os fatores de risco clássicos são:

• idade (entre 30% e 40% das pessoas na faixa dos 85 anos têm Alzheimer; e a partir dos 65, o risco de ter a doença no futuro duplica a cada cinco anos);

• histórico de Alzheimer na família;

• sexo feminino (a chance de mulheres acima de 65 anos terem a doença varia de 12% a 19%, enquanto nos homens da mesma faixa etária o risco é de 6% a 10%);

• presença do gene apoE mapeado no cromossomo 19. “Sempre é bom lembrar que a simples presença do alelo apoE e4 não é necessária nem suficiente para causar o Alzheimer, que já se sabe ser multifator­ial. Outros fatores que merecem atenção são distúrbios do sono, baixos níveis de folato (ácido fólico e sais minerais) e resistênci­a à insulina”, lista o doutor Diego Salarini.

Já se sabe que o Déficit Cognitivo Benigno, também chamado de Declínio Cognitivo Leve, e que leva à perda de memória e das funções cognitivas, é outro fator de risco para Alzheimer. Isso porque os cientistas descobrira­m que os idosos que apresentam esse déficit têm mais chance de desenvolve­r Alzheimer do que as pessoas da mesma idade que não têm.

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