Medicamentos com eficácia comprovada
Saiba quais são eles e de que forma agem no cérebro para melhorar a qualidade de vida dos pacientes
Atualmente, o Alzheimer está sendo tratado com dois tipos de drogas: os inibidores de colinesterases e os antagonistas dos receptores de glutamato. “Até agora, eles foram os únicos medicamentos que apresentaram benefícios em relação aos placebos em estudos clínicos bem conduzidos”, ressalta o neurologista Norberto Frota, de Fortaleza (CE). Apesar dos nomes das substâncias serem complicados, é fácil entender o papel de cada uma delas no tratamento. Quem explica é o neurocirurgião Koshiro Nishikuni, do Hospital Santa Cruz, em São Paulo, membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia:
Inibidores de colinesterases ou acetilcolinesterase
Eles são utilizados no tratamento de Alzheimer para atrasar a degeneração do sistema nervoso central. Isso porque o medicamento consegue aumentar a disponibilidade de acetilcolina, um neurotransmissor que desempenha um papel importante nas funções cognitivas, como a memória e a aprendizagem, e que nas pessoas com Alzheimer aparece em dosagens bem menores. Fazem parte deste grupo a donepezila (aprovada pelo órgão norte-americano que regula medicamentos Food and Drugs Administration (FDA) em 1996), a rivastigmina (2000) e a galantamina (2001), que são remédios com eficácia comprovada, distribuídos gratuitamente nas farmácias brasileiras chamadas de alto custo e prescritos principalmente para os estágios 1 e 2 do Alzheimer. O objetivo é que o paciente prolongue sua capacidade de executar tarefas no dia a dia, bem como se relacionar com seus familiares e amigos e apresente uma melhora geral nos sintomas.