Alterações que fazem a diferença
Muita coisa o paciente consegue fazer sozinho, porém a orientação de um terapeuta ocupacional é imprescindível para evitar que o parkinsoniano se machuque ou perca a confiança e a independência
• ASSENTO SANITÁRIO: Muita gente acha que é preciso elevar a altura do assento sanitário, e não é. “Claro que é preciso tentar aproximar a altura de tudo na casa a do paciente, ainda mais se o terapeuta ocupacional for chamado para fazer as mudanças levando em conta as medidas do paciente, porém, isso deve ser feito sem impossibilitar que outras pessoas utilizem os mesmos espaços. Por isso é que o trabalho deve ser detalhado e realizado por um profissional qualificado e que conheça a regulamentação NBR9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que regulariza todos os serviços e espaços públicos e privados que as pessoas vão acessar”, diz Mariela Besse.
• TAPETES: É preciso remover até os modelos que se dizem antiderrapantes quando eles estão nas rotas de passagem do paciente, pois a chance dele tropeçar é grande.
• CANTOS VIVOS: Assim são classificados os móveis que têm pontas, como uma mesa quadrada, que pode provocar um machucado bastante grave se o parkinsoniano se desequilibrar e bater com a cabeça nessa quina.
• TAMPOS DE VIDRO: A orientação também tem relação com o desequilíbrio do paciente, que ao precisar se segurar ou se apoiar no vidro pode não resistir ao impacto do apoio repentino e ao peso do corpo e se estilhaçar.
• FIOS EXPOSTOS: Esta dica é válida para todos na casa devido ao risco de tropeçar e cair: os fios elétricos devem ficar presos ou, melhor ainda, serem retirados do chão e fixados no canto da parede ou no rodapé.
• ILUMINAÇÃO ESCURA: É essencial deixar os cômodos bem iluminados para que a pessoa enxergue os obstáculos, como um brinquedo de criança esquecido no meio da sala.
• PEQUENOS DESNÍVEIS: Geralmente, estas elevações menores são usadas até para separar um cômodo do outro. Apesar de não chegarem a ser um degrau, já que normalmente têm 1 ou 2 centímetros de altura, que parece ser mínimo no dia a dia, mas que, para quem tem tremor e a musculatura mais fraca, se transformam em grandes barreiras. Por isso, devem ser eliminadas, dando lugar a rampas.
• CAMA BOX: Como elas são mais altas do que os modelos clássicos, podem ser que precisem ser revistas se o parkinsoniano ao se sentar na cama não conseguir ficar com os joelhos dobrados a 90 graus em relação ao chão. E para isso não vale escorregar o bumbum no colchão, pois há o risco de ele se desequilibrar e cair.
• CORRIMÃO NA ESCADA: O ideal é ter o acessório em ambos os lados, para aumentar a segurança.