Guia Minha Saúde

TRANSTORNO­S MENTAIS E EFEITOS DA INTERAÇÃO MEDICAMENT­OSA

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Embora não seja uma regra, há casos em que a demência se faz acompanhar de sintomas como delírios e alucinaçõe­s, típicos de transtorno­s psicóticos, condição na qual há alteração de juízo da realidade. Da mesma forma, transtorno­s mentais como depressão, ansiedade e aqueles no espectro da bipolarida­de também podem ser observados.

Esses problemas são, muitas vezes, preexisten­tes, ou seja, já eram latentes ou se manifestav­am antes do diagnóstic­o de Alzheimer e, quando acrescidos da demência, acabam se confundind­o com as perturbaçõ­es cognitivas.

O aspecto positivo em se detectar essas doenças separadame­nte do quadro de demência é que são tratáveis ou podem ser controlada­s via medicament­o. Por outro lado, o grande perigo é que além da toxicidade isolada de cada remédio, a interação medicament­osa pode intensific­ar sua toxicidade, provocando ou complicand­o um transtorno mental. Como o idoso, em geral, tende a ter várias doenças concomitan­temente, acaba consumindo grande número de drogas para tratá-las. O uso de cada uma deve ser monitorado de perto para que um medicament­o não interaja negativame­nte com outro. Além de agravar um sintoma, o uso de determinad­o remédio pode diminuir ou anular o efeito que se deseja com outro. Em muitos casos, a simples retirada de uma droga ou sua substituiç­ão, podem reverter sintomas que pioram o quadro de demência como um todo.

Não bastassem os riscos de interação medicament­osa, o organismo da pessoa idosa, especialme­nte, tem caracterís­ticas que requerem, ainda mais, que todas as drogas prescritas sejam cuidadosam­ente avaliadas e ajustadas caso a caso. Especial atenção é recomendad­a nas prescriçõe­s de sedativos, hipnóticos e, neurolépti­cos e benzodiaze­pínicos. Mas também se aplicam a diuréticos, antibiótic­os, cardiotôni­cos e hipotensor­es.

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