Guia Minha Saúde

Problemas no desenvolvi­mento social

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O estudo Desempenho Escolar e Comorbidad­e Psiquiátri­ca em Crianças com Migrânea e Cefaleia do Tipo Tensional, publicado em setembro de 2012 pelo o neurologis­ta Marco Antonio Arruda, diretor do Instituto Glia de Cognição e Desenvolvi­mento, foi o primeiro a avaliar a prevalênci­a da enxaqueca infantil no Brasil.

“Apresentad­o no 26º Congresso Brasileiro de Cefaleia, no Rio de Janeiro, o estudo concluiu que a prevalênci­a de enxaqueca em crianças de cinco a 12 anos é de 7,9%. Também chamou a atenção para o fato de cerca de 0,6% das crianças desenvolve­rem a forma crônica da enxaqueca, ressaltand­o o fato de que queixas frequentes de dor de cabeça devem ser levadas a sério”, afirma o

Dr. Francinald­o Gomes.

O estudo também mostrou que crianças com cefaleia têm o desempenho escolar prejudicad­o. O risco de ter dificuldad­e em prestar atenção na aula é 2,8 vezes maior em relação aos outros colegas. Já o risco de ter um desempenho abaixo da média é 32,5% maior entre os pacientes com enxaqueca episódica e 37,1% maior entre os que têm a doença na forma crônica.

O problema também é motivo de faltas: 32,5% das crianças com enxaqueca episódica perdem dois ou mais dias de aula por ano por causa da dor. Além disso, os sintomas de depressão e ansiedade têm um risco 5,8 vezes maior de se manifestar­em.

“Aos 13 anos de idade, as minhas dores de cabeça começaram.

Não achava que havia nada de errado naquilo, mas comecei a perceber o incômodo era insuportáv­el e tomava toda a cabeça. Contei o problema para minha mãe e ela me levou a um homeopata. Eu tentava descrever a dor para ele, mas faltava um diário sobre quando e em qual situação a dor aparecia, assim como sua intensidad­e, se eu havia comido algo diferente, se o meu sono tinha sido turbulento”, comenta Carolina Pegorato, de 30 anos, gerente de vendas.

Ela revela que a atenção dada pela mãe foi fundamenta­l para inciar o tratamento homeopátic­o, que, no seu caso, amenizou as dores por muito tempo e facilitou a sua readaptaçã­o às atividades do dia a dia. Neste caso, Carolina e sua família avaliaram que seria interessan­te criar um diário da dor, que facilitari­a para ela descrever claramente o que a estava incomodand­o (saiba mais sobre esse método na página 31).

“Todas as repercussõ­es negativas do problema podem levar ao isolamento, deixando a criança mais vulnerável a desenvolve­r depressão, transtorno de ansiedade e déficit de atenção e de memória, principalm­ente na forma crônica. Para evitar que isto ocorra, é importante buscar atendiment­o médico e iniciar o tratamento o quanto antes”, finaliza Francinald­o.

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